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quinta-feira, 21 de março de 2013

Comissão da Verdade- Torturado da Ditadura Militar denuncia a participação da Fiesp


É preciso que o governo brasileiro  tenha  a coragem de levar adiante, observadas evidentemente as proporções devidas  e referentes as prerrogativas dos limites de poder,  as investigações sobre os crimes da ditadura cívico militar do período de 1964- 1985.

 A sociedade  e principalmente as famílias que perderam  seus parentes têm o direito, inexorável de saber a verdade sobre  os “desaparecidos”.     Quão importante também é  que todos tenham acesso e conhecimento dos nomes de todos os envolvidos.

A julgar pelo desenrolar  e apontamentos  em    expedientes e feitos, divulgados pelos   nossos vizinhos,  que investigaram e ainda investigam,  há muita coisa surpreendente. Assustadoras?!!  Ao que parece dependem da perspectiva  em que são analisadas. Muito provavelmente, fatos idênticos,  ocorreram também no Brasil.   Afinal a   ditadura,  possuía fortes e poderosos tentáculos.

 Havia, e isso é certo, uma atuação conjunta sob a égide da criminosa  CIA.  E isso não é  tudo.   É preciso  a divulgação de nomes, onde atuavam, cenários e locais dos fatos,...  a sociedade tem o direito e o Estado o dever e a obrigação de apontá-los.

Desde os notáveis “empreendedores” passando pelos não menos  célebres expoentes da grande imprensa e Meios de Comunicação.   E, lógico, não  se esquecendo de  verificar  se ocorreu o envolvimento  da Igreja.  Muitos têm a clareza de que setores expressivos, senão a maioria  dos representantes dessa poderosa instituição, apoiaram, defenderam e foram, por conseguinte, corresponsáveis  por crimes similares noutros países do continente.

Professor Jeovane

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Segundo depoimento, Carlos Araújo afirma ter sido torturado na presença de empresários da federação e que estes também financiaram a ditadura.

PCO- O ex-preso da Ditadura Militar, Carlos Franklin Paixão de Araújo, denunciou em depoimento à audiência pública, que selou a parceria entre as comissões da verdade nacional e estadual, que foi torturado na presença de empresários ligados à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Araújo foi membro da Vanguarda Popular Revolucionária, foi preso em 70, pouco tempo depois de se casar com a atual presidente Dilma Rousseff e ficou encarcerado por quatro anos.

O ex-deputado estadual do Rio Grande do Sul afirma que a Fiesp ajudou a Ditadura Militar financeiramente e que inclusive “estimulava e assistia” aos interrogatórios e sessões de tortura. No depoimento, ele apontou o empresário Nadir Figueiredo como um dos financiadores da Operação Bandeirantes que levou à criação do DOI-CODI a qual Figueiredo dirigiu, extraoficialmente.

“Quando se diz que a Comissão da Verdade tem de apurar tudo, isso inclui os empresários brasileiros, o núcleo de torturadores da Fiesp. Tenho certeza de que a comissão vai entrar nesse antro da Fiesp, que foi responsável por financiar a tortura”, afirma Carlos Araújo.

Outro empresário da federação citado pelo ex-preso foi o Henning Albert Boilesen, presidente da Ultragaz, que teria assistido a sessões de torturas do próprio Araújo. Boilesen é apontado como um dos empresários mais entusiastas da tortura, tendo até mesmo desenvolvido equipamentos para tal.

Em seu depoimento, Carlos pediu ainda que os financiadores da Ditadura Militar também sejam investigados pela Comissão da Verdade. Ele destaca a importância de se investigar a ação da Fiesp pois a "direita raivosa está por aí". Em resposta, Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão Nacional da Verdade, afirmou que o financiamento é uma das linhas de trabalho da comissão, mas acha que é uma "linha delicadíssima". Já a Fiesp, disse que agora se guia pela defesa da “democracia e do Estado de Direito”.

Estas revelações sobre a Ditadura Militar são extremamente importante por mostrarem a relação entre o regime da época e o empresariado que o financiou e até mesmo participou das sessões de tortura. Revela, com isto, a farsa da defesa da democracia, declarada pela federação, quando esta mesma financiou uma ditadura, para garantir seus interesses.

fonte: site PCO

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