A política do PSDB de aumentar o
policiamento só irá reforçar o poder da Polícia e dos grupos de extermínio
contra a população
PCO- A crise da segurança pública
paulista continua sem solução. Dezenas de coronéis, secretários e comandantes
foram trocados, porém, o número de mortos não para de crescer em todo o estado.
Somente nos últimos 50 dias, 382 pessoas foram assassinadas.
Nessa semana, contudo, durante a
posse do novo delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazeck, e o
coronel Benedito Meira como comandante-geral da Polícia Militar, o governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que está em marcha uma megaoperação
policial para sitiar a cidade, a chamada “atividade delegada”.
O projeto aprovado na Assembleia
Legislativa e sancionado pelo governador, prevê um policiamento ostensivo e
repressivo em larga escala, além de consolidar ao mesmo tempo o chamado “bico”
dos policiais militares, uma reivindicação antiga dos PMs de São Paulo.
“O governador afirmou que já está
autorizada a contratação de 33 médicos legistas e 47 peritos criminais. “Vamos
fortalecer muito a polícia científica e o instituto de criminalística, com a
nomeação de 80 novos profissionais”. Disse também que na próxima semana 185
novos delegados de polícia estarão trabalhando e outros 137 começarão em 90
dias, perfazendo um total de 322 novos delegados. O policiamento das ruas
ganhará reforço de mais 960 novos soldados da PM.” (Rede Brasil Atual,
28/11/2012).
Alckmin reafirmou que o “combate”
à violência será reforçado com ação integrada das polícias civil e militar e
com forte presença do setor de inteligência da polícia, ligada, sobretudo, à
espionagem que realizará uma força tarefa na área de investigação.
Ou seja, além da colaboração
entre as polícias federais e outros órgãos do governo federal e as polícias de
São Paulo, os tucanos estão articulando internamente a Polícia do estado para
aumentar ainda mais a repressão.
As medidas do governo tucano, no
entanto, vão exatamente à contramão de qualquer combate ao crime. A política de
aumentar a quantidade de policiais nas ruas só está causando mais mortes e
terror, afinal, os ataques e chacinas que estão ocorrendo quase diariamente em
todo o estado são praticados exatamente por grupos de extermínio formados por
policiais.
A própria Anistia Internacional
foi obrigada a reconhecer e acusar o governo do estado de ser negligente no
combate à violência, sobretudo a inércia da corregedoria de São Paulo que não
pune os crimes cometidos por agentes da repressão.
É evidente que a política do
governo é de aumentar a matança, continuar com os extermínios e ataques contra
moradores da periferia da cidade e impor o medo e o pânico na população.
Se essa onda de violência tiver
um fim ou ao menos uma trégua, não serão os “criminosos” do PCC que sairão
derrotados, mas sim a população de São Paulo que irá herdar uma Polícia muito
mais violenta, repressiva, mais equipada pelo setor de espionagem para vigiar e
reprimir ainda mais os cidadãos.
Fonte: site PCO
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