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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

São Paulo. Mais polícia nas ruas, mais mortes.


A política do PSDB de aumentar o policiamento só irá reforçar o poder da Polícia e dos grupos de extermínio contra a população

PCO- A crise da segurança pública paulista continua sem solução. Dezenas de coronéis, secretários e comandantes foram trocados, porém, o número de mortos não para de crescer em todo o estado. Somente nos últimos 50 dias, 382 pessoas foram assassinadas.

Nessa semana, contudo, durante a posse do novo delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazeck, e o coronel Benedito Meira como comandante-geral da Polícia Militar, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que está em marcha uma megaoperação policial para sitiar a cidade, a chamada “atividade delegada”.

O projeto aprovado na Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador, prevê um policiamento ostensivo e repressivo em larga escala, além de consolidar ao mesmo tempo o chamado “bico” dos policiais militares, uma reivindicação antiga dos PMs de São Paulo.


“O governador afirmou que já está autorizada a contratação de 33 médicos legistas e 47 peritos criminais. “Vamos fortalecer muito a polícia científica e o instituto de criminalística, com a nomeação de 80 novos profissionais”. Disse também que na próxima semana 185 novos delegados de polícia estarão trabalhando e outros 137 começarão em 90 dias, perfazendo um total de 322 novos delegados. O policiamento das ruas ganhará reforço de mais 960 novos soldados da PM.” (Rede Brasil Atual, 28/11/2012).

Alckmin reafirmou que o “combate” à violência será reforçado com ação integrada das polícias civil e militar e com forte presença do setor de inteligência da polícia, ligada, sobretudo, à espionagem que realizará uma força tarefa na área de investigação.

Ou seja, além da colaboração entre as polícias federais e outros órgãos do governo federal e as polícias de São Paulo, os tucanos estão articulando internamente a Polícia do estado para aumentar ainda mais a repressão.

As medidas do governo tucano, no entanto, vão exatamente à contramão de qualquer combate ao crime. A política de aumentar a quantidade de policiais nas ruas só está causando mais mortes e terror, afinal, os ataques e chacinas que estão ocorrendo quase diariamente em todo o estado são praticados exatamente por grupos de extermínio formados por policiais.

A própria Anistia Internacional foi obrigada a reconhecer e acusar o governo do estado de ser negligente no combate à violência, sobretudo a inércia da corregedoria de São Paulo que não pune os crimes cometidos por agentes da repressão.

É evidente que a política do governo é de aumentar a matança, continuar com os extermínios e ataques contra moradores da periferia da cidade e impor o medo e o pânico na população.

Se essa onda de violência tiver um fim ou ao menos uma trégua, não serão os “criminosos” do PCC que sairão derrotados, mas sim a população de São Paulo que irá herdar uma Polícia muito mais violenta, repressiva, mais equipada pelo setor de espionagem para vigiar e reprimir ainda mais os cidadãos.

Fonte: site PCO



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