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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ditadura nas universidades. Bispo indica terceira colocada para reitora na PUC


No dia 12 de novembro, D. Odilo Scherer, grão chanceler da PUC-SP, indicou o terceiro nome da consulta à comunidade universitária para a reitoria.

Assim como nas universidades federais e estaduais é feita uma consulta entre alunos, funcionários e professores. O Conselho universitário vota uma lista tríplice e o cardeal é que indica o novo reitor. Como nas demais universidades, tradicionalmente, o primeiro colocado é o escolhido. No entanto, o estatuto garante o voto único para o governador ou presidente e no caso da Pontifícia Universidade Católica, o bispo.

Em 2010 Serra indicou o segundo mais votado para reitoria da USP, João Grandino Rodas causando grande revolta e tirando qualquer véu de democracia no regime poder nas universidades.

Compunham a lista tríplice o atual reitor Dirceu de Mello (Direito) e a professora Marcela Pellegrini Peçanha (Ciências Biológicas) se inscreveram, com a chapa Autonomia e excelência universitárias; Francisco Antonio Serralvo (Administração) e Ana Mercês Bahia Bock (Psicologia) inscreverem a chapa Reconstruir a PUC-SP; os professores Anna Maria Marques Cintra (Português) e José Eduardo Martinez (Medicina) se inscreveram, com a chapa A PUC vale a pena.


A chapa "Autonomia e Excelência Universitárias", encabeçada pelo desembargador Dirceu de Mello, ex-presidente do TJ/SP, e pela professora Marcela Pelegrini Peçanha, foi eleita n consulta com 8.267,75 votos.

“D. Odilo Scherer, grão chanceler da PUC-SP, resolveu afrontar os princípios democráticos que sempre nortearam a nossa universidade: resolveu nomear ao cargo de Reitor a candidata menos votada, a professora Anna Cintra. Isso nunca aconteceu antes em nossa universidade.

A Apropuc e a Afapuc não se curvarão ante a política de fato consumado. Assim como resistimos, no passado, aos golpes assestados pela ditadura militar, resistiremos agora à tentativa de liquidar a democracia universitária orquestrada pela Fundação São Paulo.” (NOTA URGENTE! A Democracia da PUC-SP está em risco.)

Esse acontecimento se soma aos muitos ataques que os estudantes sofrem e à crise econômica da instituição. Em 2011 foram eliminadas 400 disciplinas da sua grade curricular.

Seis cursos tiveram diversas disciplinas canceladas e ao todo 400 matérias foram abolidas da grade. O curso de administração, por exemplo, perdeu 92 matérias. O critério foi excluir todas as turmas com menos de 25 estudantes cada.

Os estudantes foram comunicados das alterações quando as aulas começaram. Os estudantes ainda fizeram o pagamento integral das disciplinas que foram abolidas. Alguns estudantes já pagaram R$ 1,8 mil por disciplinas que foram simplesmente excluídas da grade no início das aulas.

A indicação feita pelo bispo coloca a tona a completa ditadura imposta à toda a comunidade universitária e os estudantes dão a correta resposta  com a ocupação da reitoria e a greve.

Fonte: site PCO

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