No dia 12 de novembro, D. Odilo
Scherer, grão chanceler da PUC-SP, indicou o terceiro nome da consulta à
comunidade universitária para a reitoria.
Assim como nas universidades
federais e estaduais é feita uma consulta entre alunos, funcionários e professores.
O Conselho universitário vota uma lista tríplice e o cardeal é que indica o
novo reitor. Como nas demais universidades, tradicionalmente, o primeiro
colocado é o escolhido. No entanto, o estatuto garante o voto único para o
governador ou presidente e no caso da Pontifícia Universidade Católica, o
bispo.
Em 2010 Serra indicou o segundo
mais votado para reitoria da USP, João Grandino Rodas causando grande revolta e
tirando qualquer véu de democracia no regime poder nas universidades.
Compunham a lista tríplice o
atual reitor Dirceu de Mello (Direito) e a professora Marcela Pellegrini
Peçanha (Ciências Biológicas) se inscreveram, com a chapa Autonomia e
excelência universitárias; Francisco Antonio Serralvo (Administração) e Ana
Mercês Bahia Bock (Psicologia) inscreverem a chapa Reconstruir a PUC-SP; os
professores Anna Maria Marques Cintra (Português) e José Eduardo Martinez
(Medicina) se inscreveram, com a chapa A PUC vale a pena.
A chapa "Autonomia e
Excelência Universitárias", encabeçada pelo desembargador Dirceu de Mello,
ex-presidente do TJ/SP, e pela professora Marcela Pelegrini Peçanha, foi eleita
n consulta com 8.267,75 votos.
“D. Odilo Scherer, grão chanceler
da PUC-SP, resolveu afrontar os princípios democráticos que sempre nortearam a
nossa universidade: resolveu nomear ao cargo de Reitor a candidata menos
votada, a professora Anna Cintra. Isso nunca aconteceu antes em nossa universidade.
A Apropuc e a Afapuc não se
curvarão ante a política de fato consumado. Assim como resistimos, no passado,
aos golpes assestados pela ditadura militar, resistiremos agora à tentativa de
liquidar a democracia universitária orquestrada pela Fundação São Paulo.” (NOTA
URGENTE! A Democracia da PUC-SP está em risco.)
Esse acontecimento se soma aos
muitos ataques que os estudantes sofrem e à crise econômica da instituição. Em
2011 foram eliminadas 400 disciplinas da sua grade curricular.
Seis cursos tiveram diversas
disciplinas canceladas e ao todo 400 matérias foram abolidas da grade. O curso
de administração, por exemplo, perdeu 92 matérias. O critério foi excluir todas
as turmas com menos de 25 estudantes cada.
Os estudantes foram comunicados das
alterações quando as aulas começaram. Os estudantes ainda fizeram o pagamento
integral das disciplinas que foram abolidas. Alguns estudantes já pagaram R$
1,8 mil por disciplinas que foram simplesmente excluídas da grade no início das
aulas.
A indicação feita pelo bispo
coloca a tona a completa ditadura imposta à toda a comunidade universitária e
os estudantes dão a correta resposta com
a ocupação da reitoria e a greve.
Fonte: site PCO
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