Foto: EPA
O acoplamento da nave espacial
Soyuz com a EEI se deu a uma altura recorde, informou hoje o Centro de Comando
de Vôos. Este ano, a nova tripulação deverá permanecer em orbita mais de quatro
meses, sendo essa a missão mais prolongada em relação às anteriores.
A espaçonave tripulada Soyuz foi
lançada do cosmódromo Baikonur em 15 de maio e se acoplou à EEI na manha da
quinta-feira. O processo se realizou em regime automático, tendo os sistemas de
bordo funcionado em regime normal. Passadas umas horas, os cosmonautas passaram
à Estação.
Convém notar que, desta vez, o
acoplamento se deu a uma altura de voo recorde – 399 km. O recorde anterior foi
estabelecido em 2001, tendo constituído então 393 km. Os parâmetros atuais
significam que a EEI se encontra em uma altura que se enquadra na respectiva
órbita sem necessitar de uma aceleração adicional, refere o
membro-correspondente da Academia nacional da Cosmonáutica, Iuri Karash.
"É bom que a Estação tenha
atingido essa altura de vôo. Isto significa que ela será capaz de permanecer no
espaço por muito tempo. É que nas alturas inferiores a EEI entra em contato
mais freqüente e indesejável com as partículas do ar. Quanto maior for a força
de atrito, tanto maior será a frenagem, o que poderá provocar a queda da
Estação".
Além disso, a Soyuz trouxe à EEI
dois cosmonautas da Agência Espacial da Rússia Roskosmos e um astronauta da
NASA. O cosmonauta russo, Guennadi Padalka, é o mais experiente membro da
tripulação, sendo esse o seu 4º vôo espacial. Serguei Revine é um novato. Para
o americano Josef Acaba essa é a 2º deslocação ao espaço cósmico. Todavia, essa
foi uma manobra espetacular por ter coincido com a data do seu aniversário
natalício. As prendas especiais foram-lhe entregues pelos membros da tripulação
anterior – o astronauta europeu Andre Kuipers e o seu colega norte-americano,
Donald Petitt. Ambos irão trabalhar na EEI até os finais de junho.
Ao todo, a bordo da EEI serão
efetuadas cerca de 100 experiências cientificas, incluindo as que fazem parte
do programa de preparação do vôo para Marte. Também se pretende realizar um
conjunto de testes na área de biologia espacial, ecologia e medicina, a maior
parte das quais pressupõe o prosseguimento das provas anteriores. Em paralelo,
serão levadas a cabo algumas missões novas. Tem-se em vista, por exemplo, o
lançamento de uma sonda capaz de fazer previsões de datas e locais da queda de
fragmentos dos antigos aparelhos espaciais. O perito Ivan Moisseiev comenta e
adianta com o seu parecer.
"Trata-se de estudo das
camadas atmosféricas superiores da Terra. Tudo depende de sua densidade em
constante variação. Disso depende também a velocidade da descida de sondas. Por
isso, acho muito boa a idéia de examinar a atmosfera através de micro-sondas
como essa".
A sonda será enviada durante um
passeio espacial que se realizará por cosmonautas em 21 de agosto. Note-se que
a tripulação recém-chegada deverá passar a bordo da EEI 126 dias.
Fonte site Voz da Rússia. Alexandra Dibizheva, Polina Tchernitsa
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