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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Demissões no Comperj continuam.


800 trabalhadores foram dispensados, mas Sinticom afirma que serão readmitidos

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Montagem de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticom), Manoel Vaz, afirmou na terça-feira (15) por telefone, ao Surgente, que todos os operários demitidos por conta da rescisão de dois contratos da Petrobrás com consórcios que tinham participação da empreiteira Delta e que atuavam nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), serão realocados em outros consórcios.

Ao todo, 800 trabalhadores foram demitidos – 500 operários e 300 técnicos. Segundo Manoel, primeiro serão recolocados os 500 operários. A situação dos técnicos, de acordo com o sindicalista, será avaliada em um segundo momento. O presidente do Sinticom disse ainda que está “muito tranquilo” em relação a absorção dos trabalhadores porque em reunião na segunda-feira (14), diversos consórcios, entre os quais CPE, DUC, Barbosa Melo e Alusa, assumiram a responsabilidade. O Sinticom irá acompanhar as recisões e o pagamento dos direitos dos trabalhadores e participará da logística de realocação interna dos operários.

Acusada de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a Delta Construções teve seus contratos para atuação no Comperj rescindidos pela Petrobrás, na sexta-feira (11). A estatal alegou que a rescisão ocorreu por baixo desempenho da em¬presa na construção da Unidade Industrial de Tratamento, Recuperação e Armazenamento de Enxofre (URE) e da Unidade de Hidrotratamento de Nafta (HDT, que eram realizadas pelos consórcios Itaboraí – URE e Itaboraí – HDT. O contrato era de R$ 843,5 milhões.


Conforme o Jornal O Globo de terça-feira (15), apesar da rescisão, a Petrobrás manteve outro contrato com a Delta, assinado em 2009, de R$ 129 milhões, para as obras da segunda etapa de reforma e modernização da Unidade de Tratamento de Águas Ácidas da Reduc, com previsão de conclusão para junho deste ano.

A Petrobrás afirmou também, em nota, que com a saída dos dois consórcios “está estudando a melhor solução para evitar impactos no cronograma do Comperj”, previsto para conclusão em 2014, três anos de atraso em relação à primeira data.

Fonte: Jornal Surgente - Sindipetro-RJ  e   site: PCB

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