800 trabalhadores foram
dispensados, mas Sinticom afirma que serão readmitidos
O presidente do Sindicato dos
Trabalhadores da Construção Civil e Montagem de São Gonçalo, Itaboraí e Região
(Sinticom), Manoel Vaz, afirmou na terça-feira (15) por telefone, ao Surgente,
que todos os operários demitidos por conta da rescisão de dois contratos da
Petrobrás com consórcios que tinham participação da empreiteira Delta e que
atuavam nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), serão
realocados em outros consórcios.
Ao todo, 800 trabalhadores foram
demitidos – 500 operários e 300 técnicos. Segundo Manoel, primeiro serão
recolocados os 500 operários. A situação dos técnicos, de acordo com o
sindicalista, será avaliada em um segundo momento. O presidente do Sinticom
disse ainda que está “muito tranquilo” em relação a absorção dos trabalhadores
porque em reunião na segunda-feira (14), diversos consórcios, entre os quais
CPE, DUC, Barbosa Melo e Alusa, assumiram a responsabilidade. O Sinticom irá
acompanhar as recisões e o pagamento dos direitos dos trabalhadores e
participará da logística de realocação interna dos operários.
Acusada de envolvimento com o
bicheiro Carlinhos Cachoeira, a Delta Construções teve seus contratos para
atuação no Comperj rescindidos pela Petrobrás, na sexta-feira (11). A estatal
alegou que a rescisão ocorreu por baixo desempenho da em¬presa na construção da
Unidade Industrial de Tratamento, Recuperação e Armazenamento de Enxofre (URE)
e da Unidade de Hidrotratamento de Nafta (HDT, que eram realizadas pelos
consórcios Itaboraí – URE e Itaboraí – HDT. O contrato era de R$ 843,5 milhões.
Conforme o Jornal O Globo de
terça-feira (15), apesar da rescisão, a Petrobrás manteve outro contrato com a
Delta, assinado em 2009, de R$ 129 milhões, para as obras da segunda etapa de
reforma e modernização da Unidade de Tratamento de Águas Ácidas da Reduc, com
previsão de conclusão para junho deste ano.
A Petrobrás afirmou também, em
nota, que com a saída dos dois consórcios “está estudando a melhor solução para
evitar impactos no cronograma do Comperj”, previsto para conclusão em 2014,
três anos de atraso em relação à primeira data.
Fonte: Jornal Surgente -
Sindipetro-RJ e site: PCB
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