Correa: Inaceitável negativa de
visto dos EUA para ONU
Quito- O presidente equatoriano,
Rafael Correa, qualificou de abuso por parte dos Estados Unidos a negativa de
visto a uma ministra de seu governo para um foro na ONU e chamou a refletir
sobre a sede desse organismo internacional.
"É um abuso dos Estados
Unidos que não deem visto a uma ministra deste governo para ir a uma
conferência das Nações Unidas e sobre isto devemos refletir", denunciou
Correa em um encontro com jornalistas em Guayaquil.
"Se seguem estas posições
imperiais, soberbas, prepotentes (dos Estados Unidos), terá que se propor a
mudança da sede das Nações Unidas", afirmou.
É "inadmissível,
intolerável, que uma ministra de um Estado soberano, convidada a um foro pelas
Nações Unidas, organismo internacional com sede em Nova Iorque, lhe neguem o
visto" (o governo de Washington), enfatizou.
Fez questão de que é
"absolutamente inaceitável e isto deve nos levar a refletir e talvez a
incrementar esforços para conseguir uma mudança na sede de Nações Unidas se
esta situação continua".
Em entrevista concedida ao
fundador de Wikileaks, Julian Assange, por vídeo conferência de Londres como
parte da série de programas "O Mundo da manhã", Correa ratificou nesta
terça-feira a posição soberana e digna do povo equatoriano.
Precisou no programa transmitido
ao mundo pelo site RT (Russia Today), que sua relação com Estados Unidos tem
sido de muito carinho e amizade, mas em um marco de mútuo respeito e soberania.
"Mas, esclareceu, se há
políticas internacionais dos Estados Unidos perniciosas para meu país e para
nossa América, as denunciarei frontalmente e jamais permitirei que se afete a
soberania", e citou como exemplo disso a saída das tropas norte-americanas
da Base de Manta.
"Se o assunto é tão singelo,
se não há nenhum problema em ter uma base norte-americana no Equador, perfeito.
Podemos dar permissão para instalar essa base desde que deem-nos permissão para
instalar uma base militar equatoriana em Miami", comentou em tom irônico
Correa.
Recordou que "cortamos todo
o financiamento da Embaixada dos Estados Unidos à Polícia, que antes tinha
unidades inteiras da Polícia absolutamente financiadas pela embaixada, cujos
diretores eram selecionados pelo embaixador e pagos por Estados Unidos".
"Há alguns que sentem falta
essa época que não voltará a nosso país", disse e comentou que essa
ingerência provocou a saída do país da embaixadora Heather Hodges, para
enfatizar depois que é bom que América Latina esteja passando do consenso de
Washington ao consenso sem Washington.
Fonte site irã News
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