Foto: Elisa Rodrigues/Futura Press
Mobilização reuniu cerca de 350 militantes do Movimento de Moradia do Centro (MMC). Às 14 horas, grupo se une à caminhada pelo Dia Internacional da Mulher.
Uma ocupação comandada por mulheres. Essa foi a maneira encontrada pelo Movimento de Moradia do Centro (MMC) para celebrar o dia 8 de março. Cerca de 350 pessoas – em sua maioria mulheres – participaram da mobilização, que só deve terminar às 14 horas de hoje (8), quando o grupo se une à caminhada em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
A movimentação começou no início da noite de ontem (7), quando membros de movimentos populares e sociais se deslocaram para o prédio da Rua Quintino Bocaiúva, esquina com a Praça João Mendes. Um grupo menor, entre 60 e 70 pessoas, já havia conseguido romper as barreiras e alvenaria quando a Polícia Militar chegou ao local. Dois policiais se colocaram a frente da porta principal e impediu a entrada dos demais militantes.
Apenas depois de uma negociação junto a um dos líderes do MMC, Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, a situação foi normalizada e o todo o grupo ocupou a construção. “A conversa foi tensa, mas não houve confronto”, afirma.
Mídia
A mobilização, de acordo com Gegê, poderia ter sido mais impactante se dois fatores tivessem sido levados em consideração: o primeiro deles, a união entre as lideranças envolvidas; o segundo, a postura da mídia . “Talvez essa ocupação só não tenha sido muito melhor por falta de compreensão de algumas lideranças dos movimentos de moradias e sociais”, explica, ao avaliar que o ato poderia ter se estendido a diferentes localidades.
“E eu não tenho dúvida que há um acordo na mídia para sufocar ações como essa. Os veículos que estiveram aqui filmaram, fotografaram, ouviram um poucos militantes que estavam na rua e não se preocuparam em entrar na ocupação, em procurar lideranças para confirmar informações. Do pouco que vi e li hoje, não encontrei uma informação correta”.
Ainda assim, Gegê celebra o resultado da ação. “Não tenho sombra de dúvida que esse é inicio de um anova etapa na luta dos trabalhadores e trabalhadoras. (...) Queremos moradia digna, educação, creche, trabalho digno para pagar nossas prestações e estamos mobilizados por isso. Espero que dia 8 do próximo ano venha e venham com ainda mais força”, complementa.
Às 14 horas, o grupo deixa a ocupação para se integrar a caminhada pelo Dia Internacional da Mulher – ato unificado, promovido por movimentos sociais e populares, partidos e ONGs.
Fonte: Aline Nascimento - Portal Linha Direta
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