A Associação dos Consumidores de Orgânicos dos Estados Unidos divulgou convocatória em que conclama organizações do mundo para protestar contra o poder corporativo da Monsanto, nos dias 16 e 17 de março.
A entidade sugere que os manifestantes protestem nas “portas do mal", como os organizadores chamam a sede da empresa, as instalações de pesquisa e os escritórios espalhados pelo Globo.
De acordo com a associação, a Ação Global é uma atividade preparatória para o "Occupy Monsanto" (“Ocupe a Monsanto”), programada para 17 de setembro deste ano.
A ideia é promover a ocupação de escritórios da empresa em vários países, para fazer da data “um dia que a Monsanto jamais esquecerá”.
“Queria você ou não, há chances de que a comida que você comeu hoje tenha produtos químicos e organismos geneticamente modificados. A Monsanto controla grande parte do suprimento de alimentos do mundo em detrimento da democracia alimentar ”, afirma a entidade no site dedicado à preparação do “Occupy Monsanto” (http://occupy-monsanto.com/).
Crimes
A Monsanto produz 90% dos transgênicos plantados no mundo e é líder no mercado de sementes. Tal hegemonia coloca a multinacional norte-americana no centro do debate sobre os riscos do uso de grãos geneticamente modificados.
A empresa é reconhecida mundialmente pelo contrabando de sementes, manipulação de dados científicos, suicídio de agricultores.
Esses são alguns temas abordados pela jornalista francesa Marie-Monique Robin, no livro e documentário “O Mundo Segundo a Monsanto”, lançado em 2008.
O livro de Robin é resultado de três anos de investigação jornalística, cujo o foco, a multinacional estadunidense Monsanto, produz 90% dos transgênicos plantados no mundo e é líder no mercado de sementes.
O livro apresenta depoimentos de cientistas, políticos e advogados a respeito das ações da Monsanto que envolvem lobby e estudos científicos duvidosos.
Um exemplo referido é a relação da expansão dos grãos transgênicos sob o selo da Monsanto com suicídios de agricultores na Índia, além de casos de relações políticas estreitas com o governo democrata de Bill Clinton (1993-2001), e com o gabinete do ex-premier britânico Tony Blair. Entre as fontes estão ex-integrantes da Food and Drug Administration (FDA), a agência responsável pela liberação de alimentos e medicamentos nos EUA.
Fonte: site MST - Maria Mello
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