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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Somente uma vacina pode parar a epidemia de HIV.

Os virologistas de Novossibirsk, uma cidade na parte oeste da Sibéria, depois de muitos anos de trabalho no desenvolvimento de uma vacina contra o vírus de imunodeficiência do homem (HIV) realizaram os primeiros testes bem-sucedidos. A vacina intensifica a atividade do sistema imunológico, – afirmam os especialistas do Centro Científico Vektor de Novossibirsk.

No período desde 1968, quando na Rússia se deu o primeiro caso de imunodeficiência do homem, até novembro do ano passado, foram registrados 610 mil pessoas, afetadas pela imunodeficiência. Durante este mesmo lapso de tempo as doenças que acompanham a SIDA (síndrome de imunodeficiência adquirida) deixaram mais de cem mil mortos. Estes dados foram fornecidos pelo Centro Federal de profilaxia de SIDA e de combate a esta doença. Mas esta estatística é oficial e, portanto, incompleta. “Muitos russos simplesmente desconhecem o seu status”, – afirma o acadêmico Pokrovski, que dirige este centro. O número real de doentes pode ser duas vezes maior, – afirma ele.

O grupo de risco é constituído, em primeiro lugar, pelos consumidores de drogas injetadas, homossexuais e prostitutas. Os homens contraem o VIH basicamente por causa da introdução de drogas nas veias, enquanto que a maioria das mulheres apanha esta doença por via sexual. Os homens com HIV positivo transmitem simplesmente o vírus a suas mulheres e amigas que por vezes descobrem a doença somente durante a gravidez, quando fazem a análise do sangue.

Os peritos afirmam que daí vem uma conclusão pouco consoladora: a disseminação da doença já afetou os que não fazem parte dos grupos de risco. É hora de rechaçá-la, - diz Andrei Kozlov, - diretor do Centro Biomédico de Petersburgo que elabora agora uma vacina ADN contra o HIV.

– A história da humanidade ensina-nos que o único meio de que o homem dispõe para vencer epidemias globais é a vacina. O tratamento com os preparados contra HIV, isto é, preparados antivírus, é um processo caro e complicado. Trata-se, em primeiro lugar, da vacina profilática que irá prevenir a infecção e, em segundo lugar, do preparado imunológico ou vacina terapêutica que irá prolongar o efeito de remédios antivírus, tornando o processo de tratamento mais econômico e cômodo para os pacientes.

As vacinas de diversos tipos, – por exemplo, a vacina ADN em Petersburgo, a vacina recombinante em Moscou e a vacina de Novossibirsk, – estão agora em fase de testes clínicos, – diz Andrei Kozlov. O cientista acrescenta que atualmente na fase de aprovação estão dezenas de vacinas. Mas por enquanto é cedo falar da sua eficiência. Hoje em dia não existe nenhum informe confirmando os êxitos dos virologistas que sintetizam semelhantes preparados, – ressalta Lídia Stavropolskaia, chefe do departamento epidemiológico do centro de Combate a SIDA da república de Tatarstâo.


– Os testes clínicos de semelhantes vacinas são feitos basicamente em voluntários. A concentração de vírus de muitos deles abaixou no processo de aplicação da vacina. Logo, o vírus já estava presente no seu organismo. Como é natural, pessoas sadias não são submetidos a testes clínicos.

Os médicos depositam grandes esperanças no desenvolvimento de vacinas contra HIV. Por enquanto, no mundo é conhecido um único caso de convalescença desta doença. O americano Timotei Ray Brown, que viveu durante muitos anos com esta diagnose terrível, e depois soube que sofria, além disso, da leucemia, foi submetido em 2007 na Alemanha à operação de transplante de células da medula óssea. Um ano depois as análises demonstraram a ausência total no seu organismo tanto da leucemia, como do vírus de imunodeficiência.

Fonte:  site voz da Rússia

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