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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

UGANDA, A NOVA AGRESSÃO MILITAR DOS ESTADOS UNIDOS .

foto crédito: O Diario.info Algo precisa acontecer, ainda nesta década, para conter os avanços criminosos dos EUA contra populações da África, América Latina e Ásia. O recente episódio na Líbia e o cenário que se anuncia no Oriente Médio com a ameaça do imperialismo estadunidense de invadir a Síria e o Irã, lança a humanidade numa espécie de depressão mundial sobre o futuro da espécie humana. Entra ano e sai ano as nações imperialistas e seus governantes espúrios ensaiam seus mais novos planos com roupagens fictícias e aquelas nomenclaturas de elevado grau de hipocrisia. O recente e vergonhoso genocídio na Líbia se inserem nesse contexto macabro. Quando as sanções sobrenaturais da supremacia “ racial” começam a perder força, os brancos “ civilizados” não se demoram em arquitetar outras razões e motivos que justifiquem os seus interesses coloniais sobre os povos ditos, por eles, atrasados. Autores estadunidenses e vários ingleses aferraram-se ao conceito de destino dos povos, dando a “raça anglo-saxônica como destinada a habitar e civilizar o globo. Ao que parece, e isto é certo, muitos governantes desses países procuraram levar esses “conceitos” ao pé da letra. Quem não há de se recordar de Cecil Rhodes que, em seu Último Testamento, tecendo uma rapsódia ao seu povo, sugeriu “ que se facultasse ao Império Britânico tomar todo o mundo civilizado sob a sua direção, recuperando os EUA e reunindo num só império toda a “raça” anglo-saxônica. Que sonho! Entretanto, é realizável. É possível”. Tudo indica, pelos rumores da atualidade, que Obama e seus progenitores ideológicos não se esqueceram de tão condenável e hediondo legado. A matéria que se inicia abaixo é do Diário de Lisboa. *********************************************************************************************************************************************** Explodiam as últimas bombas sobre a Líbia quando a Casa Branca tomou a decisão de intervir militarmente noutro país africano. A agressão teve por alvo Uganda e passou quase despercebida; a mídia dedicou-lhe menos atenção do que ao namoro de uma estrela de Hollywood. O presidente Obama achou oportuno anunciar o desembarque em Uganda de tropas de combate dos Estados Unidos num discurso dirigido ao povo norte-americano. «Foi necessário - afirmou - proceder à remoção de Joseph Kony do campo de batalha porque o exército de Resistência do Senhor» configura «uma ameaça para a segurança regional». A sinuosidade do discurso presidencial torna indispensável a sua descodificação. O exército a que se refere é um fantasma. O «inimigo» desta vez é uma mini guerrilha, na realidade uma seita religiosa sem base social, que opera no país há mais de 20 anos; Kony o seu teólogo. Somente agora a Casa Branca tomou conhecimento da existência desses perigosos guerrilheiros. Vai durar muito a permanência das tropas especiais estadunidenses? Obama dissipou dúvidas: «ficarão no país o tempo que for necessário». E acrescentou: os militares norte-americanos estão disponíveis para intervir no Congo e na República Centro Africana», se isso for solicitado por Estados da Região. Esta nova intervenção militar dos Estados Unidos insere-se na estratégia que levou à criação do AFRICOM, o exército permanente americano para o Continente cujo comando funciona ainda na Alemanha, enquanto decorrem negociações para a sua instalação numa capital africana. Os aliados europeus, Sarkozy, Merkel e Cameron, apoiam a estratégia imperial dos Estados Unidos cujas agressões justificam o rótulo que lhe colam já de IV Reich. Observadores recordam que Hitler anexou a Áustria, garantindo que não tinha mais reivindicações. No ano seguinte, após Munique, ocupou a Checoslováquia, anunciando uma era de paz. Em l939 invadiu a Polônia. Até onde irá o imperialismo norte-americano? Invadiu o Iraque e o Afeganistão; patrocinou e financiou a agressão à Líbia, alegando a necessidade de proteger as populações numa intervenção humanitária; agora invade o Uganda, e ameaça a Síria e o Irã. Lentamente, os povos, da Ásia à Europa e da América Latina à África, tomam consciência de que a barbárie imperialista representa hoje uma ameaça global à humanidade. Mobilizarem-se contra ela em defesa da civilização, da própria continuidade da vida é uma exigência da Historia. Fonte: O Diário (Lisboa),

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