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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

BRICS não querem interferência exterior na Síria e Irã.



Os países do BRICS lançaram uma nova ofensiva diplomática. É assim que o especialista da Escola Superior de Economia Leonid Syukiyaynen comentou a reação geral do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul sobre os acontecimentos em torno do Irã e da Síria. Esses cinco países exigiram que não haja  interferência exterior nos assuntos da Síria e que o Irã não seja pressionado com novas sanções.

Os países do BRICS declararam que o início imediato das negociações por parte de Damasco com a oposição é a única opção aceitável para a solução da crise síria. Uma maior pressão sobre Teerã só pode agravar a situação em torno do programa nuclear iraniano. A situação deve ser resolvida exclusivamente por via diplomática.


São evidentes os esforços dos países do BRICS para participar mais ativamente na solução dos problemas nos pontos quentes. Anteriormente, eles assumiram uma posição comum na ONU com relação à Líbia e se comprometeram a coordenar esforços para defender suas posições políticas e seus interesses comerciais na Líbia. Essa tendência política externa nas atividades do grupo BRICS vai aumentar, diz o especialista Leonid Syukiyaynen:

Estes esforços diplomáticos dos países BRICS confirmam o aumento de seu prestígio e atividade no mundo. Sem dúvida, dadas suas capacidades políticas, econômicas e outras, este clube informal terá um impacto cada vez mais significativo sobre os acontecimentos mundiais e na solução de crises regionais e globais.

O primeiro passo coordenado dos BRICS foi o comércio entre eles nas próprias moedas, o que foi acordado na cúpula de Primavera realizada em Boao. Os líderes dos cinco BRICS deram a entender que isso não é nada mais do que um dos tijolos da construção do futuro da economia mundial que virá substituir as já condenadas Torres Gêmeas – os emissores de dólares e dívidas.

Em outubro, sete bolsas de valores na Rússia, China, Índia, Brasil e África do Sul anunciaram a criação de uma aliança e intenção de conjuntamente entrar nos mercados de ações. A iniciativa foi manifestada na 51ª reunião geral da Federação Mundial de Bolsas em Joanesburgo. Inicialmente, os parceiros se assegurarão dos inevitáveis riscos que surgem no comércio entre eles. Outro ponto de desenvolvimento dessa aliança pode ser a criação de produtos de economia mista. E isso, por sua vez, ajudará a melhorar a liquidez dos mercados BRICS, e a seus investidores – compreender melhor a situação em outros mercados emergentes. O especialista Leonid Syukiyaynen está convencido de que os BRICS estão se transformando em um dos pólos de poder global:

No mundo de hoje se formam novos centros de poder.  Antes eram dois pólos, depois o mundo se tornou unipolar. Agora a situação está mudando. Em diferentes regiões do mundo se criam grupos com diferentes centros de gravidade. E o BRICS são um desses centros internacionais poderosos que vem se desenvolvimento rapidamente.

As reservas cambiais do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estão em ascensão e ultrapassam quatro trilhões de dólares. Eles são responsáveis por quase metade (45%) da população mundial, por mais de um quarto da superfície terrestre do planeta e por mais de 21 por cento da produção mundial. Este é um importante tijolo que foi deixado de lado pela ordem mundial formada pelo Ocidente, ordem essa que agora mostra suas brechas.
Fonte: .ruvr.ru/

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