A forma como a imprensa golpista brasileira, através de uma de suas notáveis representantes, a Tv Globo, noticiou a “queda” do mafioso Berlusconi denota o caráter nefasto e servil, já conhecido pela maioria daqueles que, de início, fazem uma leitura minimamente imparcial das informações veiculadas naquela emissora.
A não menos “notável” Ilze Scamparinni, destacada para transmitir notícias e fatos do cotidiano italiano fez questão de frisar o termo “ apoio do socialismo” ao se referir, de forma muito célere, a chegada ao poder do mafio-midiático, a chefia de governo da Itália. A direita, seus apoiadores e asseclas sempre assíduos, não perdem o estilo muito menos a oportunidade de tentarem atingir todos aqueles que, os vêem, como eles verdadeiramente são. A matéria que segue, abaixo, é do Diário Liberdade.
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Finalmente, confirmou-se a demissão do primeiro-ministro italiano, o reacionário Silvio Berlusconi. Uma multidão tomou as ruas de Roma para festejar o fim 'reinado' do multimilionário que mandou em Itália durante as últimas duas décadas.
Silvio Berlusconi, envolvido em numerosos casos de nepotismo, corrupção, redes de prostituição e apertado controle da mídia do país, acabou por apresentar neste sábado a demissão ao presidente Giorgio Napolitano, no meio da pior crise econômica das últimas décadas em Itália e após 17 anos de permanência descontínua no poder.
Durante o percurso até o palácio do Quirinal, sede da presidência, Berlusconi foi vaiado e chamado de 'palhaço' e 'mafioso' pela multidão presente nas ruas da capital italiana, que atirava objetos ao carro que levou o empresário à reunião com Napolitano, e cantava a canção antifascista 'Bella Ciao'. À saída, 35 minutos depois, o já ex-primeiro-ministro preferiu abandonar o local pela porta dos fundos, evitando a multidão que estava esperando às portas do palácio presidencial.
Se bem o chefe da oposição celebrou que o país tenha "virado uma página longa e dolorosa da sua história", nada garante que a saída de Berlusconi possa vir a melhorar a situação econômica, uma vez que a alternativa prevista (provavelmente o economista Mário Monti, ex-comissário para a Concorrência da União Europeia), apresentado como "técnico" e supostamente "por cima das diferenças ideológicas", é na verdade um defensor das mesmas políticas com que Silvio Berlusconi conduziu o país ao desastre atual.
Também o Partido Democrata de Dario Francechini não passa de mais um partido neoliberal em um país, cuja esquerda atravessa uma longa crise desde a dissolução em 1991 do histórico Partido Comunista Italiano, integrado no sistema ao ponto de o atual chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano, ter sido um dos principais dirigentes históricos do PCI na década de 50.
Corrupção com maiúsculas
Contudo, a renúncia de Silvio Berlusconi não deixou de supor uma alegria para milhões de italianos, que suportaram (e em parte, sustentaram) as políticas do imperador das telecomunicações italianas, que não duvidou em pôr esse setor ao serviço do seu ascenso ao poder absoluto, incluido todo o tipo de manobras para manter essa posição, incluído o controle do poder judiciário.
Nem os 24 processos penais, nem os escândalos pela prostituição de menores, nem as alianças com partidos abertamente fascistas provocaram qualquer desgaste no já ex-primeiro-ministro, mas a grave crise fez cair a sua popularidade nos últimos meses até os 22%, obrigando a oligarquia italiana a ordenar a sua substituição, que só neste sábado veio a fazer-se efetiva.
fonte _ Diario Liberdade
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