É impressionante como determinados fenômenos se repetem, e com uma uniformidade mais assustadora ainda. Na Europa e sobretudo na Alemanha, pós I Guerra Mundial, ideologias criminosas como o Fascismo e o Nazismo tiveram grande repercussão e eco junto a burguesia, então detentora de vários setores dos Meios de Produção, e a setores sociais profundamente marginalizados. Desinformados e bastante vulneráveis pela propaganda e marketing da extrema direita se mostravam alienados e portanto desamparados pelo Estado . Se ouvia muito a falar que “os governos nada faziam para solução dos problemas existentes que tanto afligiam os trabalhadores”.
Aos olhos daquela direita fascista, os socialistas, comunistas, anarquistas, enfim, todos os segmentos do pensamento da esquerda seriam os responsáveis pelas “desgraças que se abateram sobre as economias liberais européias”. Esse “bode expiatório” foi difundido com gigantesco fervor pelos partidários do nazifascismo, sobretudo pela direita alemã que repetia a ladainha por todas as regiões onde a industrialização produzira uma burguesia sedenta, poderosamente letal, se não fosse desmascarada, e extremamente virulenta.
Assim pois Adolf Hitler num artífice, dentre tantos que possuía de matiz maquiavélica, lançou a iniciativa da criação de um partido que exatamente procurasse o ponto mais fraco e, ao mesmo tempo, o discurso mais certeiro e afinado com os desejos e planos criminosos, respectivamente das massas trabalhadoras e da vil classe burguesa do pós guerra que tremia ao imaginar, num dia do porvir, o triunfo do Socialismo de Marx junto aos milhões de trabalhadores esperançosos por transformações nos Modos de Produção, mesmo que permanecessem sem saber, e não entendessem portanto, como isso se processaria.
Hitler então se apoderou do substantivo socialismo, criando um partido de extrema direita, para perpetuar seus planos e feitos macabros que envolveriam e surpreenderiam a humanidade arrastando-a para uma guerra hedionda e genocida.
A matéria que segue nos arremete, tenho forte impressão disso, a específicas circunstâncias que nos lembra exatamente a um cenário próximo daquele, no período entre guerras. Sugere, creio, que os ideais que acreditamos defuntos do liberalismo econômico, ainda podem ressurgir com novas roupagens. Basta apenas, ao que parece, trocar de nome ou mudar apenas a matiz.
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Havana (Prensa Latina) A presidenta do Partido Comunista Alemão, Bettina Jurgessen, afirmou que os fascistas em seu país e outras partes da Europa, têm ganhado em votantes, o que é um perigo, sobretudo neste tempo.
O Partido Nacional da Alemanha é a força política fascista mais nutrida em território germano, e há muitas organizações que estão lutando porque seja proibido, sublinhou Jurgessen.
Os fascistas -explicou- tratam de chegar ao fundo dos direitos básicos das pessoas para recrutá-las.
Uma das idéias mais difundidas por estas organizações é que os estrangeiros querem lhes tirar as vagas de trabalho aos alemães, e isto pode afetar os cidadãos com menos preparação.
Ainda que também existem grupúsculos de corte radical, que utilizam a imagem de serem agrupamentos de jovens autônomos, e confundem suas verdadeiras intenções, indicou a militante alemã.
Atualmente organizam-se demonstrações em sua contra, e nesse sentido há um movimento amplo no que comunistas, socialistas, cristãos e autônomos se unem para, por exemplo, conseguirem que se os fascistas tentarem fazer uma manifestação, esta for proibida pelas autoridades do lugar, esclareceu.
Caso de que não atinjamos este objetivo, fazemos nossa própria concentração ali, sob a máxima de que o fascismo não é nenhuma opção, é um crime e os crimes há que os proibir, acrescentou Jurgessen.
O Partido Comunista Alemão -fundado em 1918- realizará em 30 de outubro próximo uma conferência teórica, para discutir sobre a etapa atual do capitalismo, sua transformação neoliberal e analisar a crise mundial econômica, adiantou Jurgenssen ao diário Granma.
A presidenta do Partido Comunista Alemão qualificou de solidárias , amistosas e sinceras as relações com o Partido Comunista de Cuba, e considerou que a importância histórica de Revolução constitui uma guia para continuar o desenvolvimento dessa organização política européia.
mmd/lac/joe
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