Beijing, 19 out (Prensa Latina) O bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba constitui uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos de todo um povo e é o principal obstáculo para seu desenvolvimento sócio-econômico, afirmou hoje o embaixador cubano aqui, Alberto Blanco.
A denúncia foi feita em coletiva de imprensa na qual o chefe da missão diplomática do país caribenho na China explicou aspectos da história e efeitos dessa política, cujo fim incondicional o governo cubano exigirá pela vigésima vez perante a Assembleia Geral da ONU na próxima terça-feira.
Ao ampliar sobre sua vigência, assegurou que "não se aprecia (pelos Estados Unidos) a menor vontade de retificar uma política fracassada e errônea".
Blanco referiu-se às proibições impostas por Washington contra Havana, com danos econômicos superiores aos 975 bilhões de dólares, e enfatizou que o presidente Barack Obama mantém intacto o conjunto de leis e disposições que as conformam.
Nesse sentido, exemplificou com as leis de Comércio com o Inimigo de 1917, cuja extensão Obama anunciou em setembro do ano passado, a Torricelli (1992), denunciada por sua extraterritorialidade, e a Helms-Burton (1996), dirigida a obstaculizar o investimento estrangeiro em Cuba.
Acrescentou que também se mantém a proibição das viagens de cidadãos estadunidenses à ilha, salvo exceções muito limitadas e com regulações bem estritas, tudo isso sem que se possa exportar um só produto ou serviço ao mercado da outra parte, acrescentou.
Detalhou que a autorização de algumas categorias de viagens, as remessas e a permissão a outros aeroportos para operar vôos não regulares ao país caribenho são insuficientes e se limitam a restabelecer algumas disposições da década de 90 eliminadas pelo então presidente George W. Bush a partir de 2003.
O embaixador denunciou também o recrudescimento do acosso às transações financeiras de Cuba com terceiras nações, independentemente de suas relações com Havana, a moeda que se utilize e as normas bancárias desses Estados.
Citou os casos de multas a instituições como os bancos ABN Amor, da Holanda, e o JP Morgan Chase por violar as leis do bloqueio, o qual, recordou, é uma política unilateral e imoral recusada de maneira crescente também nos Estados Unidos.
O chefe da missão diplomática cubana aqui prognosticou uma nova vitória moral de seu país e da comunidade internacional na próxima terça-feira na Assembleia Geral da ONU, onde o referido projeto no ano passado foi respaldado por 187 nações -só Estados Unidos e Israel votaram contra.
Blanco agradeceu o tradicional apoio da China à luta de Cuba contra a mencionada política, expresso não só com seu voto, mas também com a explicação deste no mencionado fórum.
mv/lam/es
Modificado el ( miércoles, 19 de octubre de 2011 )
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