Caracas, 18 ago (Prensa Latina) O presidente Hugo Chávez ratificou hoje que a Venezuela opera suas reservas internacionais segundo os interesses do país e sem submeter à vontade de potências e organismos estrangeiros.
Na segunda publicação, no jornal Correio do Orinoco, de sua coluna "Notas de retaguarda", o presidente denunciou uma campanha para confundir e desestabilizar, utilizando como ponta de lança o tema das reservas.
A partir desse cenário, chamou os venezuelanos a estudar a economia, com o objetivo de impulsionar a construção do socialismo e não cair na armadilha dos inimigos do processo de transformações iniciado em 1999.
Isso "para que não possa fazer pasto da ignorância um grupinho de farsantes e manipuladores, todos representantes da apátrida burguesia que aqui atuará sempre como uma quinta coluna lacaia do império ianque e subordinada a seus interesses", apontou.
Setores da oposição e representantes da direita norte-americana -como o ex-subsecretário Roger Noriega- questionam a decisão de Caracas de diversificar a localização de seus recursos financeiros, a partir da crise que açoita os Estados Unidos e a Europa.
Agora somos livres, graças à Revolução Bolivariana, por isso a Venezuela maneja suas reservas internacionais como melhor lhe convenha, advertiu.
Chávez recordou que há uma década o país contava com menos de 10 bilhões de dólares, enquanto na atualidade o valor disponível no Banco Central alcança os 30 bilhões.
Antes nossas reservas também estavam nas mãos do tristemente célebre Fundo Monetário Internacional, afirmou.
Nesta quarta-feira, o presidente anunciou a decisão de trazer o ouro monetário depositado no exterior (equivalente a 11 bilhões de dólares) e a diversificação do destino das divisas.
A medida poderia levar reservas venezuelanas a bancos do Brasil, China e Rússia, a partir da crise financeira que afeta os Estados Unidos e a Europa, onde se localizam na atualidade bilhões de dólares deste país.
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