Cada vez mais vozes se levantam contra os crimes cometidos pelos Estados Unidos da América contra a humanidade. Agora foi a vez de Cynthia McKinney, ex membro do congresso dos EUA eleita pelo partido “democrático” hoje, ela é integrante do Green Party, o partido verde que fomenta alguns princípios onde incluem-se a justiça social, a democracia de base, a não violência e uma certa dose enfática ao ambientalismo. Os “verdes” acreditam que a prática desses princípios contribui para melhorar a saúde mundial. Bem, esse discurso dos verdes, que em sua maioria são oriundos da direita com base nas classes média e média alta, nós conhecemos bem. Na verdade, eles são os mesmos aqui ou alhures. O modus operandi e suas concepções econômicas são, observadas as devidas proporções, muito similares para não dizer as mesmas. Mas voltemos a senhora McKinney.
Ela condena com veemência aquilo que a OTAN chama de “intervenção humanitária”. McKinney diz que na verdade trata-se de uma invasão a um país africano fenômeno esse historicamente presente nas relações que os países europeus “civilizados” vêm mantendo com nações africanas. Sua declarações sobre a atuação da OTAN na Líbia ainda sugerem várias indagações.
Em suas declarações, a ex congressista democrata, relata que existe toda uma série de ações absurdas da OTAN sustentadas por mentiras acobertadas pela mídia e que tem levado ao assassinato de vários civis que, ameaçados em suas casas e encurralados pelas ações da OTAN não têm alternativas e são, forçosamente, levados a não verem outras perspectivas a não ser aquela deixada pelos invasores que anuncia um convite para que abandonem suas casas e seu país. Observa ainda, com bastante precisão, que é necessário que as vozes que se voltam contra esses crimes sejam ouvidas e façam algo imediatamente, sob pena de estarem reforçando as teses do macabro secretário de Defesa dos EUA, Dick Cheney. Cheney foi aquele que dirigiu a criminosa operação Tempestade no Deserto em 1991 que invadiu o Iraque matando milhares de inocentes. O ex chefe de gabinete de Gerald Ford, ainda afirmou em determinada ocasião, ao se referir a suas predileções, que “nós estamos simplesmente preparando as futuras gerações para os segredos e necessidades da guerra”.
Quando as coisas atingem esse nível de agressividade e ousadia, algo está muito errado, e isso parece ser axiomático, com os humanos e o futuro da espécie encontra-se ameaçada. Realmente algo está muito errado. Por quê não há resistência, ao menos nas proporções necessárias, contra essas atitudes dos EUA e da OTAN? Esses assassinos disparam bombas e munições que contem urânio empobrecido- leia-se radioativo- e outras que têm fósforo branco- esse produto, por exemplo, tem a sua utilização como componente de armas químicas e é proibida pelas Convenções de Genebra e especialmente pela Convenção sobre Armas Químicas, reafirmando os termos do Protocolo de Genebra de 1925, que proíbe o uso de armas químicas e biológicas. As nações que compõem a OTAN certamente têm conhecimento disso.
Bombas e munição de artilharia e morteiros, quando contêm fósforo, explodem em flocos inflamáveis, mediante grande impacto. Constituem artefatos incendiários e provocam queimaduras terríveis, que em muitas ocasiões são fatais. Nos meios militares, o fósforo branco é referido como WP (white phosphorus) ou "Willy(ie) Pete", expressão que data da Primeira Guerra Mundial. Há indícios de que os EUA tenham utilizado tais armas no Vietnã e até mesmo no Iraque e Afeganistão. Se utilizou-as a grande imprensa mundial “ limpinha e cheirosa” guardou-as muito bem.
Mas diferentemente de pessoas como McKinney, que anuncia preocupações corretamente humanas contra os invasores imperialistas que envergonham-nos como gente, há pessoas que defendem tais expedições mortíferas e atribuem essas ações a questões relacionadas a religiosidade e aquelas relacionadas ao modelo econômico e a mais antiga das intrigas que afligem a raça humana: aquela que se preocupa com a distribuição das riquezas e o destino de suas aplicações, e por extensão, de suas perspectivas futuras. Política nenhuma, justifica as atrocidades e horrores de qualquer guerra. Custará até quando e quanto ao homem moderno abandonar tal escolha tão pouco humana! “ Se não lhe impõe obstáculo é quase invariavelmente fatal”! Precisamos fazer algo mais!
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