Além da repressão policial,
vandalismo e depredações, os legitimos protestos populares tem sido manchados
por atos de violência e intolerância cometidos contra os militantes dos
movimentos populares e partidos de esquerda. Estão ocorrendo agressões físicas,
tomada e queima de bandeiras feitas por provocadores infiltrados levantando
palavras de ordem e propaganda abertamente antidemocrática, reacionária e
golpista.
Por trás de todos estes atos de
violência e intolerância que a grande mídia está convenientemente minimizando,
estão provocadores infiltrados (inclusive por forças policiais e setores
empresariais) e extremistas de direita (nazistas, fascistas, militaristas,
direitistas religiosos) tentando manipular e deturpar as legitimas
manifestações juvenis e populares para degenerar-las em um movimento fascista e
golpista e levar o país a uma nova ditadura. Tudo isso com o apoio velado do
PiG (ou melhor dizendo, sendo sorrateiramente insuflado pela mídia golpista!).
Intolerância mancha ato na
Paulista
Bandeiras foram queimadas e
manifestantes com símbolos partidários acabaram hostilizados em passeata de
comemoração à revogação do aumento das tarifas de trem, ônibus e metrô
O clima tenso que veio se
formando nos últimos dias em torno dos atos populares pelo país explodiu na
Avenida Paulista com hostilidade entre manifestantes, especialmente contra os
que decidiram levar símbolos de partidos políticos, e manchou aquela que
deveria ser uma marcha de comemoração pela revogação do aumento da tarifa de
ônibus, trem e metrô de São Paulo. Desde o começo houve uma divisão
extraoficial por blocos, em que movimentos e tendências estavam definidos.
Também no Rio de Janeiro houve hostilidade contra participantes que carregavam
bandeiras da CUT.
“Sou brasileiro, sem partido”,
disse um rapaz que tomou bandeiras partidárias, em especial do PT, de cidadãos
que compareceram ao protesto. Na altura do prédio da TV Gazeta, próximo ao cruzamento
com a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, um grupo sentou sobre o pavimento e
impediu que pessoas com símbolos partidários avançassem. Em seguida, bandeiras
foram tomadas e queimadas. Segundo a Polícia Militar, uma pessoa ficou ferida.
Uma jovem que puxava um bloco com
o uso de um megafone pedia que as pessoas fossem à rua contra “o governo”, mas
não sabia especificar contra qual governo estava protestando. “Não, a gente não
é anarquista. A gente é contra esse governo. Todos os governos corruptos, esses
governos que aumentam a passagem do ônibus, que roubam, são corruptos.”
O próprio Movimento Passe Livre
(MPL), organizador dos atos que resultaram na revogação dos aumentos, havia
manifestado receio de que setores conservadores tentassem se apropriar das
manifestações. Depois da quinta-feira (13), quando houve repressão policial às
passeatas de São Paulo e Rio de Janeiro, marchas passaram a ser realizadas em
todo o país, mas aos poucos foram surgindo bandeiras e grupos mais
heterogêneos, que não tinham a qualidade do transporte público como prioridade.
Hoje, na Paulista, a estudante
Tatyana Cardoso segurava uma bandeira com alguns pedidos: investigação dos
gastos públicos na Copa do Mundo de 2014, saída de Renan Calheiros da
presidência do Senado, endurecimento da punição a políticos envolvidos em
corrupção e não votação da Proposta de Emenda à Constituição 37. Mas a jovem
sabe de que se trata a PEC 37? “Não sabia até ontem, mas fui me informar.
Querem tirar o direito da Justiça de investigar.” Na verdade, é o poder do
Ministério Público de fazer algumas apurações.
No bloco dos anarquistas, por sua
vez, houve reação à postura de hostilizar pessoas com partidos políticos. “É um
absurdo. É muito diferente ser apartidário de ser contra os partidos. É preciso
reconhecer que alguns partidos participaram de lutas importantes. Isso é um
movimento fascista, é algo muito perigoso. A existência de partidos é um
direito conquistado depois de muita luta contra a ditadura”, afirmou Marília
Zanotin, de 20 anos, estudante de História da USP.
Também estudante de História,
Luis Felipe Almeida afirmou que é preciso se cuidar para que não se transforme
uma vitória progressista em um avanço conservador: “O que unifica a gente aqui
é uma crítica ao neonacionalismo que surgiu nos últimos atos. Há 20 dias
ninguém amava o Brasil tanto assim”.
Fonte: site Rede
Brasil Atual e Rede democratica
Um comentário:
O movimento passe livre (MPL) é cria do próprio (PT) pois receberam dinheiro através da ONG Alquimidia, basta questioná-los e simplesmente não dão resposta. O próprio pt criou o monstrinho que se virou contra o criador.
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