Rede democratica- A revelação do passado progressista e comunista da "dama de ferro" neoliberal da Alemanha, Angela Merkel, já leva companheiros da esquerda brasileira a comparar a trajetória dela que mudou de lado e foi pra direita com a da nossa Presidenta Dilma.
Pois Dilma Rousseff, apesar do
seu passado de revolucionária e guerrilheira, hoje governa seguindo a cartilha
privatista ditada pelo neoliberalismo, como fica evidênciado nos recentes casos
das privatizações do petroleo e da infra-estrutura brasileira, na indiferença
para com os movimentos populares e sociais, os índios e sem-terras e nos
privilégios aos oligopólios capitalistas.
Passado comunista constrange Angela Merkel
Vista como a “mulher mais
poderosa do mundo”, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, que viveu até os
35 anos do outro lado da Cortina de Ferro, na Alemanha Oriental, teria
participado muito mais do sistema político comunista do que era conhecido até
agora.
O livro “Das erste Leben der
Angela M.” (“A primeira vida da Angela M.”), escrito pelos jornalistas Ralf
Georg Reuth e Günther Lachmann, afirma que Merkel - funcionária do sistema como
secretária para agitação e propaganda da Juventude Livre Alemã (FDJ) - foi uma
comunista convicta.
- Ela era uma comunista
reformista e não queria a reunificação alemã - diz um dos autores.
A pouco mais de quatro meses das
eleições federais, quando Merkel tenta uma reeleição pela segunda vez com alta
popularidade e chances de vitória, as "denúncias" de Reuth, do jornal
Bild Zeitung, e de Lachmann, do Die Welt, podem reduzir as chances da União
Democrata Cristã (CDU) ao "abalar" a imagem da sua candidata
direitista junto ao seu eleitorado conservador. E, ironicamente ajudar na
vitória do candidato da oposição, Peer Steinbrück, do Partido Social-Democrata
(SPD), partido teoricamente de "esquerda" mas também neoliberalizado
com o conjunto da social-democracia européia.
A chefe do governo ficou na
defensiva. Depois de assistir ao filme “A lenda de Paul e Paula” - uma das mais
famosas produções da era comunista - num festival da Academia de Cinema de
Berlim anteontem, a chanceler alegou ter contado aos autores apenas o que
lembrava, sem intenção de ocultar nada. E desconversou:
- Talvez haja outras coisas sobre
as quais não falei antes porque ninguém nunca perguntou.
Negação do passado
Merkel havia negado, até agora,
ter ingressado na organização Despertar Democrático só em dezembro de 1989,
depois da Queda do Muro. Antes do fim do regime, a agremiação era a favor da
preservação do socialismo, com reformas. Merkel disse na ocasião não ser
favorável a que seu país, a República Democrática Alemã, adotasse o modelo
político da Alemanha Ocidental.
Até agora, Merkel tinha negado
veementemente também ter sido secretária para agitação. Mas no livro, que teve
trechos publicados pela revista “Focus” na edição que circulou ontem, Günter
Walther, ex-colega de Merkel na FDJ, revela:
- Angela Merkel era secretária para agitação e propaganda!
Nessa função, a doutora em Física
e integrante da Academia de Ciências de Berlim Oriental era responsável pela
formação política dos jovens dentro dos ideais humanistas e progressistas
defendidos pelos comunistas.
O porta-voz do governo, Steffen
Seibert, defendeu que a chanceler sempre respondeu às perguntas sobre o seu
passado na República Democrática Alemã - RDA (Alemanha Oriental), honestamente,
com base em suas recordações.
Em 2004, porém, em entrevista ao
jornalista Hugo Müller-Vogg, Merkel negou ter tido uma função ideológica.
- Agitação e propaganda? Eu não
me lembro de ter agitado nada. Eu era encarregada de cultura (da FDJ) - disse a
chanceler.
Angela Merkel e FHC: esqueçam tudo que eu disse...
A postura de Angela Merkel, de
negação do seu passado, também faz lembrar o ex-presidente brasileiro Fernando
Henrique Cardoso (PSDB) que de sociólogo progressista e de esquerda passou ao
presidente neoliberal e entreguista das nossas empresas públicas e riquezas
nacionais que nos conclamou a esquecer tudo que ele havia escrito.
Sai dessa privataria, Dilma!
Fiquemos na torcida e
principalmente na pressão das manifestações populares para que a nossa
Presidenta Dilma não prossiga neste caminho e que ela retome os compromissos
assumidos com a nação e os trabalhadores quando da sua eleição. Afinal, não
queremos a volta dos tucanos a presidência da república o que representaria um
enorme retrocesso para o Brasil e a América Latina com o realinhamento do nosso
país com os interesses dos EUA e Europa e o consequente esvaziamento da
integração regional dos povos latinos, o fim das conquistas e programas sociais
que para as classes dominantes nunca passaram de "populismo" pois
para elas não interessa esta estória do governo ficar dando assistência, oportunidade
e dinheiro para pobre. Para a classe exploradora, dinheiro público é só para
aos bancos, multinacionais, mídia empresarial, latifundios e demais grandes
conglomerados capitalistas.
Mas também não podemos aceitar
que o nosso governo eleito pelas forças populares e progressistas continue se
rendendo ao modelo neoliberal e capitulando ante os interesses escusos e
mesquinhos das oligarquias nacionais e estrangeiras pois assim nunca o Brasil
vai superar a pobreza, a desigualdade social, a dependência externa e nem o
subdesenvolvimento.
Com informações das agências de
notícias
Fonte: site
rede democrática. org
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