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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sem Terra temem novo conflito com grileiros de Senador La Roque, no MA



Desacato- Os trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra do Acampamento Cipó Cortado, da Região Tocantina – que abrange o município de Senador La Roque e Amarante (MA) -, continuam sobre forte ameaça dos fazendeiros da região.

Segundo a nota divulgada pelas famílias, jagunços e milícias liderados pelo fazendeiro Francisco Elson de Oliveira, que conta com o apoio de outros fazendeiros locais, continuam circulando livremente pela região, ameaçando e amedrontando os Sem Terra.

São cerca de 250 famílias que vivem há mais de 7 anos na Fazenda Cipó Cortado, e reivindicam uma área de 8200 hectares de terra pública já reconhecidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária  (Incra) desde o início dos anos 1990.

Em meio a uma reunião no último dia 18/04 com diversos representantes dos órgãos públicos competentes, os fazendeiros ameaçaram os Sem Terra na frente das autoridades, deixando claro que ou famílias saíssem da área ou eles próprios tirariam. Até o momento, segundo os Sem Terra, nenhuma providência foi tomada e os fazendeiros seguem rondando o local.

“Nós sabemos qual o jeito que eles usam e sempre usaram. Esperamos que as autoridades tomem as providências, pois tememos a ação dos grileiros a qualquer momento, que já ameaçaram invadir nosso acampamento e queimar nossas casas”, diz a nota.

Histórico

 Desde o início dos anos 90 o governo federal, por meio do Incra, identificou cerca de 30 mil hectares de terras da União na região. O órgão solicitou a reintegração de posse destas terras à União. Em 2006, o Superior Tribunal de Justiça determinou que o Incra retomasse apenas 8.200 hectares, e usasse a área para a criação de assentamentos de Reforma Agrária.

Entretanto, mesmo sendo apenas 8.200 hectares, a reintegração de posse à União nunca foi efetivada. Frente a lentidão, as famílias Sem Terra ocuparam, em 2006, a Fazenda Cipó Cortado, que se constituiu no Acampamento Cipó Cortado.

Desde a ocupação, as famílias passaram a produzir na área, onde já se construiu uma comunidade, com crianças nascidas, novas famílias, escola, curso de ensino médio com capacitação em técnicas agropecuárias, etc.

Fonte:   site: Desacato e  MST

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