Os crimes cometidos pelos EUA, ao longo de sua história, não constam nos anais historiográficos ocidentais ao menos como de fato aconteceram. Registros de feitos estadunidenses, quando contrários as leis e normas vigentes aos bons costumes e nitidamente envoltos em crimes, são atenuados e desvirtuados e, encerram portanto, acontecimentos que não correspondem com a verdade. A historiografia positivista está repleta de exemplificações dessa natureza.
O famigerado projeto Manhattan, nascido a luz de “ certas preocupações” temerárias quanto ao uso de energia nuclear pelos alemães, iniciava seus trabalhos sob tutela do general Leslie R Grevess. Assim como Grevess, Philip Morrisson, um dos incentivadores da criação da bomba o mesmo que ajudou a montar a “ Litle Boy”- como chamavam a bomba cujo núcleo de urânio iria servir de experiências em seres humanos para a satisfação dos macabros cérebros políticos e científicos pagos com o dinheiro dos “ consumidores”( aquilo que Adolf Eichman, o não menos macabro executivo chefe do III Reich alemão, em uma de suas perspectivas mais medonhas denominava de massa alienada e falida)- afirmava ser mister a realização, sem delongas, de experiências com a fissão atômica, ( fissão nuclear é o processo em que se “bombardeia” o núcleo de um elemento radioativo, com um nêutron. Essa colisão resulta na criação de um isótopo do átomo, totalmente instável, que se quebra formando dois novos elementos e liberando grandes quantidades de energia).
Numa outra ocasião o físico Arthur Holly Compton, Nobel de Física de 1927, ao se referir a certas experiências com a fissão atômica e suas conseqüências ambientais disparou: “ uma explosão de magnitude nuclear liberaria uma gigantesca quantidade de energia calorífica e, o que pouco sabemos, poderia desencadear a queima de hidrogênio dos oceanos ou o nitrogênio da atmosfera em escalas jamais vista pela raça humana. (...) seus efeitos seriam, por obviedade, inimagináveis como o são o da explosão de um artefato como esse em questão. (..) penso ser absurdamente inaplicável uma solução dessa envergadura em casos de conflitos de guerra e não consigo imaginar que tais vilipêndios possam brotar em cabeças de governantes quaisquer”.
Preocupações todavia, como as de Compton, não refrearam cérebros brilhantes como os de J Robert Oppenheimer, Enrico Fermi e Hans Bethe, que direcionaram e destinaram todas as suas erudições ao projeto que culminou com as bombas assassinas que, a mando do tirano Henry Truman, foram arremessadas no Japão um país em ruínas e totalmente rendido. A perspectiva mais cruel, que vinha norteando as ações dos governantes dos Estados Unidos da América até então, mais uma vez prevaleceu.
“Os núcleos de urânio contidos no “ pequeno rapaz” demonstram-nos, ainda que bradem alguns desinformados aprioristicamente, um sucesso de nossas experiências. (..) precisamos colocar em execução as fases seguintes com a explosão dos famosos núcleos de plutônio, citados amiúde por Oppenheimer com as suas preocupações que sempre guiaram seus feitos mais nobres. (..) o momento e a conjuntura mundial não poderiam ser melhores para o sucesso de nossos projetos senhores”.
Hoje a OTAN utiliza armamentos com urânio “empobrecido” contra civis em várias regiões do globo. O faz neste momento contra civis na Líbia. O mesmo urânio que assombrou Linus Pauling quando da oportunidade de se expressar sobre a carta assinada por Albert Einstein, endereçada a Roosevelt pelos idos de 1939, alertando-o sobre certas experiências então em desenvolvimento na Alemanha. Tais preocupações no entanto, acabaram ensejando, por alerta, aos criminosos detentores do poder político nos Eua a financiarem o sinistro e anti-humano projeto Manhattan que seria condenado por alguns cientistas que não serviam e nem servem ao IV Reich.
O notável cientista Einstein, ( em outra matéria sobre conflitos armados e suas mazelas este blogueiro reportou a ele, e o faço novamente ) sobre as guerras e suas conseqüências, certa ocasião disse: “ Que um homem folgue de marchas em filas de quatro aos acordes de uma banda, já é suficiente para me fazer desprezá-lo. O cérebro que possui foi lhe dado por engano: uma medula espinhal era tudo de que precisava. Esta chaga da civilização devia ser abolida com a maior rapidez possível. O heroísmo de encomenda, a violência imbecil e todas as demais barbaridades que se enfeitam com o nome de patriotismo (..) como eu odeio tudo isso! A guerra me parece uma coisa vil e desprezível. Prefiro que me esquartejem a tomar parte nessa coisa abominável!” Realmente, o arrependimento dele embora tardio segundo Pauling, deveria fazer-nos construir uma crítica mais severa, mais contundente e menos obliqua a esses governantes criminosos em especial aos governos dos EUA e de Israel que vêm patrocinando essa imoralidade.
A atitude vil de um criminoso como Truman que ordenou as duas bombas contra um país arruinado, mereceria reações como aquelas que um dia legaram a criminosos de estilos não diferente ao do governante dos EUA, como o desfecho do caso de Adolf Eichmann que foi punido no início dos anos 60 em tribunal criado pelo estado de Israel. E para Israel é valida aquela máxima: “onde existir a mesma razão deve prevalecer o mesmo Direito” Evidentemente o Estado israelita não se comove com tais situações. A cumplicidade Eua e Israel, no que se refere ao controle historiográfico, tem provocado guerras e assassínios nos quatro campos do nosso pequeno planeta que, ao que parece continua em mãos de grandes infortúnios e de grandes mentes a serviço do mal.
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