Damasco- Estados Unidos, França,
assim como outros países ocidentais e árabes reconheceram a chamada Coalizão
Nacional para as Forças da Revolução e a Oposição Síria (Cnfros) como
representante legítimo do povo sírio.
Resultado de manobras para dar uma fachada de
legitimidade à oposição acontra o governo do presidente Bashar Al-Assad, depois
de meses de fracassar nessas tentativas, a medida trata de justificar os planos
intervencionistas nesta nação, considerou aqui um diplomata.
Esta medida fecha o jogo, os caminhos ao
diálogo e a uma solução pacífica, disse o representante árabe que pediu o
anonimato.
Achamos que o Cnfros é um representante
fidedigno do povo sírio, que reflete o diverso grupo de tendências, afirmou
Mark Toner, segundo porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Como parte dessa estratégia, a Liga Árabe
também manteve uma opinião parecida com a de seu secretário geral, Nabil Al
Arabi, que descreveu a decisão como "um raio de esperança".
O Reino Unido, a França e todos os aliados
entram no bonde dos que são santificados e abençoados como "representantes
legítimos do povo sírio", que seriam talvez alguns integrantes de grupos
mercenários e terroristas chegados a este país, estimam comentaristas
políticos.
O novo grupo tentará o que não pôde o Conselho
Nacional Sírio (CNS) e - segundo alguns porta-vozes - pretende acabar com as
divisões entre opositores, além de se comprometer a evitar negociações ou
diálogo com as autoridades deste país até conseguir sua queda.
Um dos mais acérrimos inimigos do governo
sírio, o presidente francês François Hollande, reconheceu o grupo e manteve a
entrega de armas à oposição.
Em uma de suas primeiras declarações, a
coalizão debutante pediu armas à comunidade internacional para ajudar "os
rebeldes" que combatem contra o povo sírio.
O chefe da coalizão opositora, Ahmad Moaz Al
Jatib solicitou nesta terça-feira no Cairo armas para que a rebelião possa
terminar com o suposto sofrimento dos sírios e o derramamento de sangue.
Pelo lado contrário, a Rússia renovou os
chamados para favorecer o diálogo, que considera, junto à China e ao Irã, a
única opção para alcançar a paz entre sírios, postura recusada pelos
opositores, quem exigem a saída do chefe de Estado.
Nessa direção, o Irã convocou para o próximo
domingo em Teerã, um "diálogo nacional" entre as partes em conflito,
a fim de favorecer uma solução pacífica à crise.
Os passos contra a Síria, promovidos por
Washington e seus aliados, ignoram que o único representante legítimo do povo
sírio é o presidente Bashar Al-Assad, reeleito em 2007 com 97% do voto popular.
O vice-chanceler Faisal Al Miqdad, na que pode
ser considerada a primeira reação oficial sobre o caso, afirmou que a nova
coalizão constitui um projeto estadunidense e catarense, utilizado por
potências estrangeiras para destruir a Síria.
Achamos que a oposição foi criada fora do
país, instrumentada por Washington e Doha, já que não cresceu aqui dentro do
povo e responde aos planos de interesses estrangeiros contra Damasco e todo o
Oriente Médio, sublinhou.
Os atuais movimentos sobre a crise na nação
levantina evidenciam que os Estados Unidos e seus aliados, pais da oposição,
fecham o caminho ao diálogo entre sírios e apostam na guerra.
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Fonte site
Prensa atina
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