De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão será a segunda causa da incapacidade para o trabalho até 2020
De acordo com os dados do
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), os transtornos mentais e de
comportamento ocupam o terceiro lugar em número de benefícios concedidos. Em
2011, a Previdência Social concedeu mais de 15 mil aposentadorias por invalidez
a trabalhadores vítimas de adoecimento mental. Já os auxílios-doença concedidos
em função de quadros depressivos chegaram a 82 mil em todo o País.
De acordo com Myrian Matsuo,
psicóloga e pesquisadora da Coordenação da Saúde no Trabalho da Fundacentro, do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), “os transtornos mentais, como as
depressões, têm sido uma das principais causas de afastamento do trabalho no
Brasil” (cut.org.br).
Dados da International Stress
Management Association (Isma-Brasil) apontam que 42% dos profissionais
brasileiros vivenciarão algum episódio de depressão durante sua vida
profissional, sendo que em 10% são recorrentes.
A situação é drástica.
"Temos praticamente uma epidemia no Brasil", comenta o president da
Comissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho da Associação Nacional de Medicina
do Trabalho (Anamt).
Os bancários são uma das
categorias mais afetadas pelos transtornos mentais. De acordo com a pesquisa da
Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o INSS, os bancários estão no
topo da lista entre as profissões com o maior risco de desenvolver distúrbios
psicológicos. Um exemplo gritante é a situação dos bancários de Santa Catarina.
Metade da categoria de Florianópolis e Região sofrem de transtornos mentais e
do comportamento adquiridos no local de trabalho.
O medo da demissão é uma das
principais causas que afeta a saúde da categoria. Do governo FHC até hoje, com
a política de ataque aos trabalhadores, foram demitidos do quadro do Banco do
Brasil mais de 40 mil funcionários.
A demissões intensificam a
exploração, ampliando as péssimas condições de trabalho.
Somando ao medo das demissões
existe a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras
por parte dos chefes, as cobranças de metas abusivas, a sobrecarga de trabalho,
o desrespeito aos direitos do trabalhador, enfim, um implacável sistema de
opressão no trabalho debilita e afeta a precária condições de vida e de saúde
da categoria bancária e de todos dos trabalhadores do país.
É neste momento que se vê a
completa colaboração das direções sindical com os patrões. As traições da
burocracia sindical, que através dos acordos impõe a política de metas, a
relação direta entre a PLR e outros benefícios à produção do trabalhadores.
Para se opor ao sistema opressivo
os trabalhadores devem a organização independente da burocracia. Apenas a
mobilização dos trabalhadores pode reverter a situação através da exigência de
melhores condições de trabalho e de aumento real nos salários contra a política
de metas e de demissões impostas pelos patrões.
Fonte: site PCO
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