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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Doenças do trabalho- Depressão pode chegar a ser a segunda maior causa de afastamento .



De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão será a segunda causa da incapacidade para o trabalho até 2020


De acordo com os dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), os transtornos mentais e de comportamento ocupam o terceiro lugar em número de benefícios concedidos. Em 2011, a Previdência Social concedeu mais de 15 mil aposentadorias por invalidez a trabalhadores vítimas de adoecimento mental. Já os auxílios-doença concedidos em função de quadros depressivos chegaram a 82 mil em todo o País.

De acordo com Myrian Matsuo, psicóloga e pesquisadora da Coordenação da Saúde no Trabalho da Fundacentro, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), “os transtornos mentais, como as depressões, têm sido uma das principais causas de afastamento do trabalho no Brasil” (cut.org.br).

Dados da International Stress Management Association (Isma-Brasil) apontam que 42% dos profissionais brasileiros vivenciarão algum episódio de depressão durante sua vida profissional, sendo que em 10% são recorrentes.

A situação é drástica. "Temos praticamente uma epidemia no Brasil", comenta o president da Comissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).

Os bancários são uma das categorias mais afetadas pelos transtornos mentais. De acordo com a pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o INSS, os bancários estão no topo da lista entre as profissões com o maior risco de desenvolver distúrbios psicológicos. Um exemplo gritante é a situação dos bancários de Santa Catarina. Metade da categoria de Florianópolis e Região sofrem de transtornos mentais e do comportamento adquiridos no local de trabalho.

O medo da demissão é uma das principais causas que afeta a saúde da categoria. Do governo FHC até hoje, com a política de ataque aos trabalhadores, foram demitidos do quadro do Banco do Brasil mais de 40 mil funcionários.

A demissões intensificam a exploração, ampliando as péssimas condições de trabalho.

Somando ao medo das demissões existe a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras por parte dos chefes, as cobranças de metas abusivas, a sobrecarga de trabalho, o desrespeito aos direitos do trabalhador, enfim, um implacável sistema de opressão no trabalho debilita e afeta a precária condições de vida e de saúde da categoria bancária e de todos dos trabalhadores do país.

É neste momento que se vê a completa colaboração das direções sindical com os patrões. As traições da burocracia sindical, que através dos acordos impõe a política de metas, a relação direta entre a PLR e outros benefícios à produção do trabalhadores.

Para se opor ao sistema opressivo os trabalhadores devem a organização independente da burocracia. Apenas a mobilização dos trabalhadores pode reverter a situação através da exigência de melhores condições de trabalho e de aumento real nos salários contra a política de metas e de demissões impostas pelos patrões.

Fonte: site PCO



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