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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Nobel da Paz para a guerra da austeridade.


É  profundamente  triste ver a  letargia e a   forma deprimente  e degradante  dominar e envolver  a espécie humana.   É, ainda persiste a inexatidão da informação.  Esta,  referência  feita aos humanos,  quando diante de oportunidades  de mudança,    de  alteração de rotas  e  alternativas,   bem que  que poderiam ter  lutado mais  e,   incontestavelmente,  alterado   a sua sorte.

 Mas nem sempre os fatos ocorrem na ordem que gostaríamos que fosse.

O advento do Socialismo Científico  com  suas perspectivas  e inúmeras viabilidades para a raça humana,  quiçá  uma exceção?!,  se  enquadram nesse contexto.  O poder político e a força  opressora , todavia, daqueles que detém o controle  dos Mecanismos de  informação  arrasam e neblinam qualquer cenário promissor.

Os homens que fizeram as mais gloriosas conquistas  neste campo sempre labutaram  em nobre solidão. Seu número nunca foi  grande .  Poucos conseguiram   alcançar a faculdade de descobrir  relações ocultas e sutis entre certos fenômenos.    Aqueles poucos dotados de notável intuição, sobretudo de coisas desconhecidas  e ou tidas  como  proibidas, somam poucas dúzias de cabeças pensantes.



Algo nisso tudo é inelutável:  a  verdade última nunca foi, e nem será alcançada, numa geração, por um ente apenas.    Ela vai se avolumando por pequenos indícios e acréscimos, e não pode se desvincular de sua época.    E desde então, invariavelmente, em períodos que remontam ao limiar do judaísmo, pensadores diversos têm legado ao mundo suas contribuições.        Algumas dessas,  todavia ,  aventadas de maneira vaga como tentativas que  ocasionalmente  culminaram com  razoáveis probabilidades  ou meias verdades. 

Um fato, ou determinado fenômeno, ao ser ampliado ou aprofundado por uma visão mais poderosa, ou colocado em  conexão com outros,  passa   a fazer parte de um novo  e imponente  edifício.     Este não é o caso, certamente, do exemplo legado pela Fundação Nobel ao deferir a União Europeia   o Nobel da Paz.

 Aqui, inelutavelmente, a concepção revolucionária,  a  Interpretação Econômica da história, trazida ao mundo em meados do século XIX nos mostra quão enganados estão aqueles que  insistem em não ver  que  em  vários pontos do planeta  há pessoas que  enxergam    as concepções hipócritas   e os efeitos  esterilizantes de suas observações falsas.   E é exatamente   nesse sentido  que o ato de  Thorbjoern  Jagland, presidente do Comité Nobel, ao referendar e proclamar  a premiação,  nos dá uma prova, assaz clara,  desse  condenável   e vergonhoso  fenômeno.



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A União Europeia foi galardoada com o Prêmio Nobel da Paz pela Academia de Oslo na fase da sua história em que a política de austeridade, instituída como política única da instituição, criou mais de 25 milhões de desempregados, lança milhões de pessoas na miséria, reprime e suprime direitos humanos elementares. "A União Europeia e as suas antepassadas contribuem há seis décadas para promover a paz, a reconciliação, a democracia e os direitos humanos na Europa", declarou Thorbjoern Jagland, presidente do Comité Nobel.

Nos fundamentos da atribuição, o Comité Nobel afirma que "a União Europeia atravessa atualmente graves dificuldades económicas e considerável inquietação social. O Comité Nobel", acrescenta, "deseja salientar o que vê como mais importante resultado da UE: a luta com êxito pela paz e reconciliação e pela democracia e direitos humanos". Ainda segundo a explicação oficial, "o papel estabilizador desempenhado pela UE ajudou a transformar a maior parte da Europa de um continente de guerra num continente de paz".

O Comité salienta como contributos para a paz as integrações de Portugal, Grécia e Espanha, a integração dos países de Leste a seguir à queda do Muro de Berlim, o papel desempenhado pela pacificação dos Balcãs, traduzido pela próxima entrada da Croácia e os progressos que a Turquia tem registado em matéria de direitos humanos.

Os fundamentos da atribuição do Prémio Nobel da Paz, anteriormente atribuído a Barack Obama mal acabara de tomar posse do cargo de presidente dos Estados Unidos, omitem o papel da União Europeia e de países membros no desencadeamento das guerras nos Balcãs, nas guerras do Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria, onde a Turquia, que ocupa o norte de Chipre, persegue os curdos, é o agente que mais alimenta a guerra civil e a agressão externa.

O presidente do Parlamento Europeu, o social democrata alemão Martin Schulz considera "uma grande honra que a União Europeia tenha vencido este ano o Prémio Nobel da Paz". Presidente da única instituição diretamente eleita pelos cidadãos, e que por isso tem um papel secundário nas decisões da União, Schulz entende que "este prémio é para todos os cidadãos da União Europeia".

fonte  site - www.beinternacional.eu/

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