Recentemente , quando
reportava a alguns textos que fazem
referência ao advento do cristianismo e seus antecedentes, veio a
minha mente o vislumbre e o exercício
do poder, obtido à ferro e a força pela imposição e pelo domínio cultural.
Toda a sorte de crimes era essencialmente cotidiana e
contribuía para o engendro das “ boas novas” Crueldade! Sim, esse era o seu nome.
Estamos nos primórdios da constituição da civilização.
Naqueles idos, como os de hoje, todo e qualquer ser vivente que se atinasse a questionar, ainda que obliquamente, o establishment , o “destino “ lhe reservaria o ostracismo e os calabouços mais temidos.
Coincidentemente o fenômeno
em questão, observadas pequenas e
devidas proporções, persiste forte, pérfido e possuidor de uma imoralidade gigantesca. Com o advento do Estado Moderno ele tornou-se institucional e com a benção da cristandade, de várias
facções que concorrem com esta ou
a apoiam, transformou-se numa espécie
de barreira intransponível.
Pelo menos é o que tentam impor os seus inventores que se auto proclamam donos do planeta. O sionismo, resultado último desse
fenômeno, aí está. Intransponível?! Os sionistas afirmam sê-lo inelutável!!! E você! O que acha!? Será isso mesmo?!!
A matéria abaixo, da correspondente do Oriente Médio, nos
coloca no exato contexto desse fenômeno.
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Dessa vez, a vítima é o Estelle,
barco sueco que se aproxima de Gaza levando ajuda humanitária; ministério das
Relações Exteriores de Israel informou que a embarcação será abordada em águas
internacionais, e que todos os seus passageiros serão detidos
Baby Siqueira Abrão
Correspondente no Oriente Médio
Como acontece sempre que barcos
de ativistas procuram desafiar o ilegal e desumano bloqueio sionista à Faixa de
Gaza, na Palestina, o governo de Israel entra em desespero. Dessa vez, a vítima
é o Estelle, barco sueco que se aproxima de Gaza levando ajuda humanitária, com
o objetivo explícito de tentar furar o bloqueio.
Hoje, logo após o almoço, os
ativistas da Frota da Liberdade – projeto ao qual o Estelle pertence –
receberam mensagem do Ministério do Exterior finlandês (o barco navega com
bandeira finlandesa) informando que a embarcação será abordada em águas internacionais,
e que todos os seus passageiros serão levados ao porto israelense de Ashdod e
detidos. O aviso veio do Ministério das Relações Exteriores de Israel.
“Se Israel cumprir a ameaça, será
outro ato de pirataria e de sequestro”, comentou Irene MacInnes, da organização
Canadian Boat to Gaza. “O mundo não pode mais continuar em silêncio diante
disso”, completou ela.
No começo da semana, Ron Prosor,
embaixador de Israel na ONU, solicitou ao Conselho de Segurança e ao
secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, que tomassem medidas imediatas
para deter o Estelle, cuja viagem chamou de “provocação”. Em carta às Nações
Unidas, Prosor afirmou que Israel não tem interesse em confrontações, mas que
“está determinado a manter o bloqueio à Faixa de Gaza”, que, segundo ele, se dá
por “razões de segurança” – a já desgastada fórmula usada pelos sionistas para
justificar seus crimes contra os palestinos.
Quanto à segurança dos habitantes
de Gaza, nem uma palavra. Israel e os governos do planeta continuam em silêncio
sepulcral em relação aos direitos básicos do povo palestino, que Israel vem
solapando há mais de 100 anos, quando começou, usando de terrorismo, a roubar
as terras da Palestina, massacrando milhões de habitantes, expulsando outro
tanto – um processo reconhecido como “limpeza étnica” da população palestina –,
tomando os recursos naturais e os meios de vida dessa população. Um crime sem
precedentes no mundo contemporâneo, cometido cotidianamente, sob o beneplácito
dos governantes do mundo e da ONU.
Campo de extermínio
Israel tomou Gaza durante a
Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, e desde então mantém a faixa costeira
palestina sob estrito controle. Em junho de 2006, foi imposto o bloqueio total:
terrestre, aéreo e marítimo. O 1,6 milhão de habitantes de Gaza é mantido como
prisioneiro, uma vez que só pode entrar e sair do território sob autorização e
preenchendo uma série de exigências. Isso se mantém mesmo depois da queda de
Hosni Mubarak do governo do Egito, tradicional aliado de Israel. O governo de
Mohamed Morsi, atual presidente, eleito em 2012, não vem facilitando muito a
liberdade de movimento dos gazenses, como era esperado. Gaza faz fronteira com
Israel, Egito e Mar Mediterrâneo. A entrada em Israel está praticamente
proibida, assim como a saída pelo mar.
Os habitantes de Gaza, em
consequência do bloqueio, vivem em estado de necessidade, dependendo de ajuda
humanitária internacional até para alimentar-se. Em setembro deste ano, novo
documento conseguido judicialmente pela Gisha, organização israelense por
liberdade de movimento, mostrou que o Ministério da Saúde de Israel controla
até mesmo a quantidade de calorias que cada gazense deve ingerir a cada
refeição. Isso os mantém num estado próximo à subnutrição, como Brasil de Fato
já havia denunciado em março deste ano. E, embora o governo israelense desminta
ter posto o plano em prática, ativistas de direitos humanos e funcionários da
ONU que vivem na faixa litorânea atestam a carência alimentar imposta por
Israel – situação que se mantém até hoje, mesmo com os sionistas alegando ter
suspendido o bloqueio à entrada de alimentos.
Estudo recente da ONU afirma que
Gaza não sobreviverá além de 2020 caso o bloqueio sionista se mantenha.
Desemprego, água e solo contaminados por substâncias tóxicas e radioativas,
destruição de fábricas e de plantações, proibição da pesca além de três milhas
da costa (os pescadores só podem ficar onde quase não há peixes), controle de
entrada de gás de cozinha e de combustível, frequentes cortes de energia
elétrica, impedimento de tratamento médico adequado e ataques militares
frequentes, com tanques e mísseis, tornam a vida em Gaza um pesadelo. Gaza é um
“campo de extermínio”, como afirmam os ativistas que vivem ali.
Diante de tudo isso, pergunta-se:
quem é o agente provocador? Quem é de fato o terrorista? A resposta é fácil: o
governo de Israel.
fonte: site Brasil de Fato
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