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domingo, 24 de junho de 2012

Primeiro a “saudar” a Franco o Vaticano se faz cúmplice do golpe.


Três diplomatas fizeram uma  visita  neste  sábado, no palácio residencial a   Federico Franco : o embaixador dos EUA, James H. Thessin, o embaixador alemão Claude Robert Ellner, acompanhado do ministro para a Cooperação Económica e Desenvolvimento da Alemanha, Dirk Niebel, que considerou "normal processo” de  deposição de Lugo, e também  do  núncio apostólico Eliseu Ariotti

A Igreja Católica é a instituição que tem  demostrado maior  satisfação pelo golpe contra   Lugo.  Um bispo católico suspenso "ad divinis" pela Santa Sé, como o núncio apostólico Ariotti, fez    a primeira visita diplomática para Franco e, em seguida, celebrou uma missa na catedral contando com a  participação do novo presidente.  A hierarquia católica do Paraguai  havia  forçado a Lugo que  renunciasse publicamente, assim que a Câmara dos Deputados decidiu apresentá-lo   como cassado.

Com um "aqui não houve golpe",  o novo presidente do Paraguai, Federico Franco, começou seu primeiro dia na frente do  governo do  Paraguai.   Disse ainda que  acredita ter o apoio "unânime" em todo o país, ainda que sem o reconhecimento de muitos países  vizinhos.

Franco chegou ao seu gabinete, onde recebeu primeiramente o núncio  apostólico  italiano Eliseo  Ariotti  


"É um dom de Deus, mas também dos homens e da população  do Paraguai  de buscar a reconstrução ", disse o representante do Vaticano, que explicou que ele fora ao país  para "honrar" as novas autoridades e, ao mesmo tempo pedir,   involuntariamente,  a todos os convidados e ao   corpo diplomático a fazer o mesmo

O novo governo do presidente Federico Franco do Paraguai foi isolado no domingo pelos  seus vizinhos latino-americanos, que por unanimidade questionaram a legalidade da destituição, ocorrida nesta  sexta-feira,  de seu  antecessor, Fernando Lugo.

 O novo “ presidente” está na defensiva pela condenação unânime que recebeu dos países  vizinhos  pela  deposição de seu  anterior companheiro na chefia do governo


Em entrevista à AFP, Franco disse que vai pedir ajuda para Lugo para  desativar e anular  o  isolamento regional em que se encontra o seu governo.

Seus sócios do  Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), Argentina, Brasil e Uruguai, decidiram , neste sábado, retirar   seus embaixadores para uma consulta  assim que  os países da ALBA (Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua) anunciaram  que "não reconhecem" o novo governo.

Brasil, principal parceiro comercial do  Paraguai (60% do total) e que tem   grandes interesses no país,  qualificou a destituição  Fernando  Lugo como uma  "  ruptura ordem democrática".

"O governo brasileiro condenou a destituição em forma de rito sumário  do presidente do Paraguai ocorrida  em 22 de junho passado, e que não foi devidamente assegurado o direito de  defesa " e "considera e crê  que o procedimento adotado compromete profundamente os pilares  fundamentais da democracia, que é uma condição  essencial para a integração regional ", disse um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"As medidas a serem implementadas em decorrência dos acontecimentos  e do  colapso da democracia no Paraguai estão sendo avaliados com os membros do Mercosul e da Unasul, à luz dos compromissos com a democracia no âmbito  regional", disse a chancelaria brasileira.

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Franco disse em uma entrevista coletiva, que não  irá participar da cúpula do Mercosul  na próxima quinta-feira em Mendoza, na Argentina onde provavelmente o bloco poderá adotar  medidas contra seu governo

Embora o Paraguai tenha transcorrido  neste  sábado em calma,  as tensões sociais que provocaram a crise política que custou o cargo de Fernando Lugo, são latentes.

Jose Rodriguez, líder da Liga Nacional e dos sem terra   e do Movimento de Camponeses sem terra que iniciou  o confronto violento em Curuguaty, ocorrido há  oito dias com um saldo de 11 camponeses e 6 policiais mortos, o que contribuiu  culminando com a crise política, chamou seus seguidores a "permanecerem   atentos e  mobilizados ."

Contudo , o  novo “presidente”  Franco disse à AFP que "não faz sentido criar uma comissão" para investigar o assassinato de camponeses e  de policiais na cidade de Curuguaty.  A Comissão, com o apoio da OEA,  havia sido sugerida e  anunciada  por  Fernando Lugo  um dia antes do início do processo que levou a sua destituição.


Fonte: site contrainjerencia.     Tradução do  blog


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