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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Decisão de expulsar estudantes não foi discutida em órgão máximo da USP


O reitor-interventor indicado por José Serra é investigado por improbidade administrativa e decidiu por fora do órgão de decisão máximo da USP, o Conselho Universitário, a eliminação definitiva de oito estudantes


O despacho publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo com a expulsão definitiva de oito estudantes, seis ainda na graduação e dois que já concluíram seus cursos e terão a pena anotada em seus currículos, foi assinado por Rodas. A decisão não passou sequer pelo antidemocrático Conselho Universitário. O órgão é composto por uma esmagadora maioria de professores, diretores de unidades, sem que os estudantes possam definir a administração da universidade.

Os estudantes foram intimados de maneira totalmente irregular. Além disso, a defesa e as testemunhas apresentadas pelos estudantes não foram aceitas pela comissão processante. Cinicamente Rodas afirma que “durante o processo, foram observados os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, bem como os princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade. O reitor acolheu integramente o relatório da Comissão Processante e as penalidades sugeridas. Para que houvesse esclarecimentos dos fatos, a Comissão trabalhou com provas e os critérios utilizados estão descritos nos autos do processo”. (boletim USP destaques n° 48)


A divulgação da eliminação foi adiada para um momento em que pode dificultar a manifestação das opiniões divergentes de estudantes, professores e trabalhadores e ainda ganha tempo para divulgar decisões e ainda corromper mais alguns setores de professores, funcionários e a burocracia estudantil. Nesta última semana Rodas divulgou e deu declarações à imprensa sobre bolsas de estudo no exterior para mil estudantes e a abertura do campus em Santos.

Segundo o boletim USP Destaques “a decisão teve o respaldo de praticamente a totalidade dos dirigentes das unidades de ensino e pesquisa e órgãos centrais da USP, expresso em documento datado do dia 13 de dezembro”. No entanto o professor Adrian Fanjul declarou à imprensa que a decisão não foi submetida ao Conselho Universitário.

No dia 13 de dezembro houve uma reunião desta instância e nada foi dito. Pelo contrário, alguns professores se declaram contra os processos e não houve nenhuma menção por parte da reitoria e de nenhum dirigente sobre a decisão das eliminações ou sobre este suposto documento de respaldo citado por Rodas.

A Congregação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH posicionou-se contrária desde 2010 aos processos em moção aprovada na congregação.

O professor Adrián Fanjul afirmou que, sobre o assunto das expulsões no Conselho, “realmente [não foi dito] nada. Nem por parte da reitoria nem de nenhum outro dirigente. Ao longo da reunião, nada foi dito acerca das expulsões nem de um documento que as respaldaria”.

A comunidade universitária deve se manifestar e colocar abaixo a ditadura imposta por Rodas e o PSDB.

fonte:  Juventude e Movimento estudantil CO.

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