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domingo, 16 de abril de 2017

Jornalismo degradado e degradante.

"Vê-se aí um padrão bem claro. Para obter apoio das populações para suas guerras ilegais para mudança ilegal de regime, o establishment ocidental promove ativa e empenhadamente incontáveis “falsas notícias”, como se fossem notícias não falsas. Para assegurar a “credibilidade” das notícias realmente falsas, elas são publicadas em veículos indiscutivelmente “sérios” e passam a ser regularmente repetidas por quantos comentaristas intervencionistas golpistas o dinheiro consiga comprar, como a causa “indiscutível” da importância e da urgência de se agir contra o tal Estado alvo. Fontes “anônimas” são sempre citadas nessas histórias, a maioria das quais, como a Operação Apelo de Massa do MI6, são muito frequentemente plantadas pelos serviços de segurança.”                Neil   Clark




 Nota  do  blog:   Observe    que essa fala  caberia muito  bem, coincidentemente  ou não,  a  imprensa  brasileira.   Na verdade  a  diferença  é   nenhuma.    Hipocrisias  impensáveis   associadas    a   ausência  impressionante  de caráter,  tudo    isso somado   a  algo  até difícil  de  caracterizar  devido  a  sua vileza,  vai  dar  nisso.   São os meios de comunicação  do Brasil  atualmente.  A   única  exceção é a  imprensa progressista.      É. é  isso.           Muito, muito  triste!

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Houve um tempo em que a distinção entre fatos e opiniões era uma prática bem estabelecida no jornalismo, assim como a distinção entre a mentira e a verdade. Hoje isso não é mais assim e os próprios jornalistas que trabalham nas mídias corporativas são, em grande medida, responsáveis por esta degradação. Consciente ou inconscientemente, a maior parte destes profissionais perdeu qualquer capacidade de análise ou de juízo crítico. Aceitam como verdadeiras as mentiras mais inverossímeis.
Basta ver, por exemplo, o semanário Expresso* de 08/Abril/2017. Nunca, em momento algum, os vários jornalistas que ali escreveram sobre a agressão à Síria puseram em causa a versão dos EUA de que o governo Assad teria utilizado armas químicas contra o seu próprio povo. Os leitores desse semanário nem sequer tiveram o direito do contraditório, princípio básico do jornalismo.       A mentira passa assim por verdade pura e cristalina.

Nenhum destes escrevinhadores que se intitulam jornalistas aprendeu com a História. O cinismo ou a ignorância imperam entre eles. As mentiras sucessivas do governo dos EUA para lançar guerras são pura e simplesmente ignoradas. A mentira do incidente do Golfo de Tonquim, tramada pelos EUA para lançar a guerra do Vietnam, não existe para esta gente do Expresso, dos comentaristas da TV ou das folhas de papel corporativas.


 A mentira de Collin Powell na ONU e das suas "provas" de armas de destruição em massa no Iraque tão pouco. Assim como a mentira da explosão do navio que serviu para os EUA intervirem militarmente em Cuba, no princípio do século XX. Exemplos destes poderiam suceder-se numa longa série.

Verifica-se assim que Goebbels tem émulos à altura nos media portugueses. Como diz John Pilger, tais jornalistas têm uma pesadíssima responsabilidade pelas mortes de milhões de pessoas pois preparam o clima para as guerras de agressão do imperialismo. Eles têm as mãos manchadas de sangue. Crimes monstruosos praticados na Jugoslávia, Iraque, Afeganistão, Líbia, Somália, Iémen, Síria e tantos outros lugares são também da responsabilidade dos que escrevem nas  mídias  corporativas.

Vídeo: fonte  RT



Fonte:  resistir  info


*Ao lado de The Guardian, da Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung e do semanário russo Akzia, o Expresso recebeu em 2008 o prémio World's Best-Designed Newspaper, atribuído pela Society for News Design (SND).

A SND é uma organização sem fins lucrativos que conta com mais de 2.500 afiliados, entre profissionais de design e jornalistas. Anualmente, organiza os prémios de design jornalístico mais importantes do mundo. Na 29.ª edição do concurso internacional, o Expresso competiu com mais de 340 meios impressos de todos os continentes e foi galardoado com um prémio inédito para Portugal.


Neil   Clark é um jornalista, escritor e radiodifusor, com sede no Reino Unido. Ele também  escreve  sobre  assuntos internacionais  para  o RT, Voz da Rússia e BBC. 


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