Pages

Subscribe:

terça-feira, 7 de junho de 2011

Grécia à beira do colapso financeiro!




do sitio http://rus.ruvr.ru/
A Grécia está à beira de colapso financeiro. É esta a conclusão a que chegaram os peritos quando se soube que a União Européia propôs aos investidores particulares ajudar este país a resolver o problema das suas dívidas.

Os ministros das finanças dos Estados-membros da União Européia dirigiram-se aos bancos particulares, – portadores das obrigações estatais da Grécia, - com a proposta de trocá-las pelos chamados “papeis compridos”, com prazo de amortização de até 7 anos. Este adiamento vai proporcionar à Grécia mais 30 bilhões de euros para a liquidação do déficit orçamentário. Caso os investidores não revelarem grande entusiasmo por motivo desta proposta, o Banco Central Europeu está pronto a recorrer a medidas extremas. Por exemplo, vai deixar de receber na qualidade de garantia as velhas obrigações e vai trabalhar somente com as novas. O próprio fato de apelo a bancos particulares e a forma rígida deste apelo comprovam que a Grécia já entrou na fase de colapso financeiro, mas este fato ainda não foi constatado juridicamente. Foi assim que o analista – chefe e gerente da companhia “Kapital” Fiódor Naumov explicou na entrevista à “Voz da Rússia” a situação na Grécia.

A julgar pela situação na macroeconomia, a Grécia já entrou na falência. A economia do país não cresce, a sua dívida é muito grande – mais de 100% do PIB e existe um enorme déficit orçamentário – à volta de 10% por ano. Nesta situação, o dinheiro auferido com a cobrança de impostos não basta não somente para amortizar as dívidas – nem sequer para pagar os juros.

Os peritos constatam que a posição da União Européia e a insistência com que ela impede a falência da Grécia são perfeitamente compreensíveis. O colapso financeiro ou a reestruturização das dívidas tornam impossível a obtenção de novos créditos. A falência mesmo de um único Estado da zona de euro pode afetar de maneira mais grave as economias de todos os demais países – membros e acarretar uma grande crise financeira. Quanto à Grécia, a sua situação é semelhante a um “pate” em xadrez. A União Européia exige dela em troca da ajuda financeira a aplicação de uma política orçamentária rígida. Mas isso acarreta o crescimento da tensão social no país e pode resultar numa crise política,- afirma Fiódor Naumov.

Nesta situação a Grécia pode anunciar a sua insolvência. Mas se o governo o fizer, não poderá financiar de maneira alguma as suas despesas. Ele deu muitas promessas sociais ao povo e agora é muito difícil renunciar a tudo isso, pois o povo vai entrar simplesmente nas ruas e destruir tudo. Eles têm uma brecha no orçamento e é preciso tapá-la com alguma coisa. Agora ela é tapada com o dinheiro emprestado. Por um lado, eles poderiam, certamente, admitir o falência e dizer: não vamos lesar os nossos cidadãos, é melhor lesar os investidores estrangeiros. Mas a situação é tal que se eles lesarem os investidores estrangeiros, não terão com que pagar os seus cidadãos.

Na opinião de peritos, os problemas econômicos da Grécia começaram precisamente no momento em que o país entrou na zona de euro. A nivelação dos preços minou as esferas básicas da economia grega, - afirma o diretor do Instituto Bancário da Escola Superior de Economia.

Além da Grécia, grandes problemas econômicos enfrentam Portugal e Irlanda. Na opinião do periódico americano “Business Insider” nos próximos cinco anos estes países podem enfrentar o colapso financeiro. É possível que isso seja resultado da mesma política errada da União Européia que preserva a estabilidade na zona de euro à custa de crises políticas e sociais em alguns países. Alguns perito afirmam que isso pode servir de pano de fundo da fase inicial do desmoronamento da União Européia – os países irão deixar a zona de euro procurando salvar desta maneira os seus sistemas políticos e econômicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário


Licença Creative Commons
Este obra foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 2.5 Brasil.