Afif e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
O novo ministro de Dilma é
Guilherme Afif (PSD), político que tem uma longa carreira de direita, tendo
inclusive participado do governo biônico de Maluf em São Paulo, durante a
ditadura.
Afif foi candidato a
vice-governador de São Paulo em 1982, durante o regime militar, pelo Partido
Democrático Social (PDS), nome dado à Arena em 1980.
Durante o regime militar, Afif
fez crescer seus negócios. Se tornou diretor da Associação Comercial de São
Paulo (ACSP), depois da Federação das Associações Comerciais do Estado de São
Paulo (FACESP) e presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado de São Paulo
(Badesp).
O partido de Afif se dividiu
depois em em PL, PFL (atual DEM) e PP. Afif deixou o DEM em 2011 para ingressar
no partido fundado por Kassab, o PSD.
Malufista, Afif foi também
presidente do Sebrae nos governos Collor e Itamar Franco, secretário no governo
do ex-prefeito Celso Pitta (PPB), do ex-governador José Serra (PSDB) e era
vice-governador de Geraldo Alckmin, até
ingressar no PSD, o partido de Kassab, e ser nomeado ministro da Secretaria da
Micro e Pequena Empresa do governo Dilma.
O PSD de Kassab foi um refúgio
para políticos de direita desesperados por cargos no Estado, já que PSDB, DEM
se encontram há mais de dez anos distantes do governo federal.
O PSD refugiou políticos como a
senadora e latifundiária Kátia Abreu, o próprio Kassab, entre outros,
apresentado-se como alternativa para uma parte da direita voltar à base do
governo. Um dos maiores exemplos disso é justamente a nomeação de Afif para o
recém-criado ministério de Dilma.
A nomeação de Afif atesta o
fracasso eleitoral da direita. Impossibilitados de ganhar as eleições, PSDB,
DEM perdem cada vez mais políticos tradicionais de direita para partidos que
ingressaram na base do governo e podem
oferecer-lhes cargos no estado.
Quanto mais longe do poder do
estado, mais fraca a direita fica, pois sua sobrevivência depende dos recursos
estatais. Por isso também o desespero da direita em tentar atacar o governo por
meio do Supremo Tribunal Federal, pela imprensa e pelo Ministério Público.
A direita brasileira está em
franco retrocesso eleitoral. Para retornar ao controle do estado somente por um
golpe, “branco” ou militar.
A nomeação de Afif, por outro
lado, mostra também o balcão de negócios do governo do PT. Depois de virar
refúgio para tradicionais políticos burgueses da direita, como Collor, Renan
Calheiros, Sarney, o governo do PT agora distribui cargos para acomodar os políticos
saídos dos partidos da direita pró-imperialista que hoje se encontram em
frangalhos.
Fonte: site PCO
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