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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Refúgio para políticos de direita. Guilherme Afif é novo ministro de Dilma.


Afif e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin

PCO- A carreira de Afif começou em pleno regime militar. Fez parte ainda das gestões de Celso Pitta, José Serra e era vice-governador de Alckmin até assumir o cargo de ministro de Dilma 



O novo ministro de Dilma é Guilherme Afif (PSD), político que tem uma longa carreira de direita, tendo inclusive participado do governo biônico de Maluf em São Paulo, durante a ditadura.

Afif foi candidato a vice-governador de São Paulo em 1982, durante o regime militar, pelo Partido Democrático Social (PDS), nome dado à Arena em 1980.

Durante o regime militar, Afif fez crescer seus negócios. Se tornou diretor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), depois da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP) e presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado de São Paulo (Badesp).

O partido de Afif se dividiu depois em em PL, PFL (atual DEM) e PP. Afif deixou o DEM em 2011 para ingressar no partido fundado por Kassab, o PSD.

Malufista, Afif foi também presidente do Sebrae nos governos Collor e Itamar Franco, secretário no governo do ex-prefeito Celso Pitta (PPB), do ex-governador José Serra (PSDB) e era vice-governador de Geraldo Alckmin,  até ingressar no PSD, o partido de Kassab, e ser nomeado ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa do governo Dilma.

O PSD de Kassab foi um refúgio para políticos de direita desesperados por cargos no Estado, já que PSDB, DEM se encontram há mais de dez anos distantes do governo federal.

O PSD refugiou políticos como a senadora e latifundiária Kátia Abreu, o próprio Kassab, entre outros, apresentado-se como alternativa para uma parte da direita voltar à base do governo. Um dos maiores exemplos disso é justamente a nomeação de Afif para o recém-criado ministério de Dilma.

A nomeação de Afif atesta o fracasso eleitoral da direita. Impossibilitados de ganhar as eleições, PSDB, DEM perdem cada vez mais políticos tradicionais de direita para partidos que ingressaram  na base do governo e podem oferecer-lhes cargos no estado.

Quanto mais longe do poder do estado, mais fraca a direita fica, pois sua sobrevivência depende dos recursos estatais. Por isso também o desespero da direita em tentar atacar o governo por meio do Supremo Tribunal Federal, pela imprensa e pelo Ministério Público.

A direita brasileira está em franco retrocesso eleitoral. Para retornar ao controle do estado somente por um golpe, “branco” ou militar.

A nomeação de Afif, por outro lado, mostra também o balcão de negócios do governo do PT. Depois de virar refúgio para tradicionais políticos burgueses da direita, como Collor, Renan Calheiros, Sarney, o governo do PT agora distribui cargos para acomodar os políticos saídos dos partidos da direita pró-imperialista que hoje se encontram em frangalhos.

Fonte: site PCO

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