Depoimentos revelam o cumprimento de jornadas de até 45 dias seguidos sem folga e 110 horas extras por mês. No ano passado, engenheiro foi preso depois de desrespeitar interdição do local por falta de segurança.
Ministério Público do Trabalho
(MPT) identificou 13 trabalhadores em situação semelhante à escrava em
alojamento de uma empreiteira contratada para executar as obras do Data Center
do banco Santander. A central de processamento de dados da instituição
espanhola é construída na cidade de Campinas (SP) e terá dimensões equivalentes
ao tamanho de três shoppings centers.
A fiscalização encontrou no
alojamento de madeira quadros de força desprotegidos, o que provoca o risco de
choques elétricos e incêndios. Também excesso de lixo e animais dentro do
espaço, que não conta com armários nem roupas de cama e sofre com alagamentos
em dias de chuva.
Os operários têm origem no
interior paulista e nos estados do Maranhão e Pará. Além das condições precárias
de alojamento, os salários e bônus estavam atrasados. Os depoimentos revelam o
cumprimento de jornadas de até 45 dias seguidos sem folga, além de 110 horas
extras por mês.
O MPT vai investigar a
responsabilidade do Santander, que no último trimestre de 2012 teve lucro de
quase R$ 1,6 bilhão. No último ano, o banco teve problemas com a Justiça na
obra do Data Center. O engenheiro responsável foi preso depois de desrespeitar
uma interdição feita no local por falta de segurança.
De São Paulo, da Radioagência NP,
com reportagem de Jorge Américo, Vivian Fernandes.
Fonte: site radioagencia.np
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