Mario Coelho - Congresso em Foco
Ao reforçar pedido de CPI da CBF, o deputado afirmou que o dirigente não tem condições de comandar a instituição responsável pelo futebol brasileiro
O deputado Romário (PSB-RJ)
voltou a mirar sua bateria contra o presidente da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF), José Maria Marín. Após defender a instalação da CPI do Futebol
em discurso realizado na tribuna da Câmara, o parlamentar do PSB disparou
contra o comandante da entidade máxima do futebol brasileiro. No terceiro ano
de mandato, Romário assumiu a presidência da Comissão de Turismo e Desporto
(CTD) da Câmara no dia 6.
“Ele é ladrão, a gente sabe que
ele roubou uma medalha, o último roubo dele foi de energia do seu vizinho.
Então uma pessoa dessa não tem condições psicológicas de comandar uma
instituição que é a CBF, principalmente em anos tão importantes como este da
Copa das Confederações e próximo ano da Copa do Mundo”, afirmou Romário, em entrevista
após discurso na tribuna.
Romário se referiu a dois
episódios recentes de Marín. O primeiro foi na final da Copa São Paulo de
Futebol Júnior, no ano passado, quando câmeras de televisão flagraram o então
vice-presidente da CBF colocando uma das medalhas da premiação no bolso. O mais
recente é um “gato” do atual presidente da CBF, consumindo energia elétrica de
um vizinho de forma ilegal, de acordo com matéria do jornal Folha de S. Paulo.
A reação de Romário contra Marín
se deve muito à declarações do presidente da CBF há duas semanas. Em programa
de entrevistas na Rede TV, ele considerou o hoje deputado e ex-craque do
futebol brasileiro como uma “decepção” como político. “Excelente campeão do
mundo, mérito como jogador, mas como político, não… Política se faz
construindo, não destruindo. Ele emprega a desagregação”, disse.
Após ter sido eleito para a CTD,
Romário disparou contra Marín. Na última segunda-feira (11), porém, elevou o
tom. Além de dizer que “lugar de ladrão é na cadeia”, afirmou que a
administração da entidade piorou.
Sobre a CPI da CBF
Romário conseguiu assinaturas
suficientes no ano passado e disse que vai procurar o presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para tentar instalar a comissão. Ele conseguiu
o apoio de 188 deputados, 17 a mais que o necessário. Antes de ser instalada, a
CPI entra em uma fila. Atualmente, existem outras nove na frente.
“A gente está num momento bem
importante pro nosso país e o Brasil tem que saber exatamente as coisas que
passaram, que passam, e que irão passar dentro da CBF, principalmente no que se
refere à organização da CBF em si e seus patrocinadores, seus contratos, que
infelizmente ninguém tem noção do que realmente acontece lá dentro”, explicou.
Fonte: site Brasil de Fato
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