O ex-ditador argentino Jorge
Videla e outros líderes do regime militar (1976-1983) serão julgados, a partir
da próxima terça-feira, por sua participação no ‘Plano Condor’, que coordenou a
repressão das ditaduras sul-americanas nos anos 70 e 80.
“Entre os 25 imputados pelo Plano
Condor estão Jorge Videla, Reynaldo Bignone e Luciano Benjamín Menéndez. O
julgamento oral começará no dia 5 de março”, confirmou o site do Centro de
Informação Judicial (CIJ).
A acusação tem por objetivo
estabelecer responsabilidades pela colaboração com as ditaduras de Brasil,
Chile, Bolívia, Uruguai, Peru e Paraguai que levou a centenas de prisões,
torturas e desaparecimentos.
Videla, 87 anos, já foi condenado
a duas penas de prisão perpétua e a uma de 50 anos, ao passo que Bignone, 85,
último ditador antes da transição democrática, tem uma condenação perpétua,
outra de 25 anos e uma terceira de 15 anos, por graves violações aos direitos
humanos.
No banco dos réus se sentará
também o ex-general Luciano Benjamín Menéndez, 85 anos, que acumula sete
sentenças de prisão perpétua por torturas,homicídios e desaparecimentos.
No caso do Plano Condor, há um
ano a Argentina pediu, sem sucesso, aextradição do ex-ditador peruano Francisco
Morales Bermúdez (1975-1980).
Morales Bermúdez é acusado da
privação ilegal de liberdade e tortura de 13 cidadãos peruanos detidos no Peru
em 1978, e que foram levados à Argentina e colocados em um centro de detenção,
até sua deportação, segundo resolução do juiz federal Norberto Oyarbide.
Em março de 2011, um tribunal
argentino condenou à prisão perpétua o ex-general Eduardo Cabanillas por
comandar a Automotores Orletti, um centro clandestino de detenção e tortura no
contexto do Plano Condor.
De acordo com organismos
humanitários, pelos corredores do Orletti passaram mais de uma centena de
opositores sul-americanos, a maioria uruguaios, mas também chilenos,
bolivianos, peruanos e dois funcionários da embaixada de Cuba.
Fonte: Anistia Política
Foto: http://www.rosarinoticias.com
e Desacato.info
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