Que ninguém ouse acreditar nalgum posicionamento diferente dessa turma
do agronegócio com relação a questões a cerca das liberdades e dos direitos das pessoas.
Sobretudo com relação a questões fundiárias,
assim como determinados preceitos constitucionais que
aludem, especificamente aquelas cláusulas que deveriam ser pétreas, as mesmas que expressam, cuidam e apontam para os direitos
e outras peculiaridades da mãe terra.
Quem o fizer terá, indubitavelmente, a mesma recíproca que predomina desde os
primórdios da república brasileira.
Quem parece não saber disso é o
deputado federal André Vargas ( PT)
PR, que recentemente prestou uma
homenagem ao “colega ideológico” da senadora Kátia Abreu , o grileiro Cecílio do
Rego Almeida, famigerado e notório
defensor da ditadura nazifascista
1964-1985, e possuidor de uma notável biografia carregada de “ relevantes” feitos ao povo brasileiro.
Poderíamos então sugerir ao nobre deputado “demotucanizado”
que providencie algo semelhante a senadora
Kátia Abreu em vida.
Em tempo: No Maranhão é prática comum prestar
homenagem a pessoas vivas. Há várias
escolas que levam nomes de personalidades distintíssimas e inatacáveis como por
exemplo
A notabilíssima governadora Roseana Sarney. Portanto o deputado não
estaria incorrendo em nenhum tipo de”
equívoco” nem ideológico muito menos legal. Tudo na forma da lei. Os precedentes não nos deixam desamparados. A propósito eles fazem escola.
professor jeovane
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MST- A ação das mulheres do Movimento de
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na fazenda Aliança, em Tocantins, de
propriedade da família da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), denuncia a relação da
ruralista com trabalho escravo, crime ambiental e grilagem de terras. A
manifestação ocorreu no dia 7 de março.
Em nota divulgada sobre o
acontecimento, Kátia Abreu chamou o MST de “movimento dos sem lei” e a Via
Campesina, que representa um conglomerado de movimentos sociais do campo na
América Latina, de “milícia”.
As ofensas destinadas aos
quilombolas, indígenas, ribeirinhos e camponeses contrários a seu projeto no
campo tem sido constante desde que a figura da também presidente da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ganhou notoriedade na
mídia.
Para pesquisadores de Tocantins
este comportamento seria temor da ruralista pelas várias denúncias que envolvem
seu nome em crimes ambientais e favorecimentos políticos no estado.
“Kátia Abreu tem medo da
exposição do seu nome atrelado a desmatamentos e grilagem de terras, justamente
porque está envolvida nessas questões e por isso vive atacando os movimentos
sociais e comunidades tradicionais da Amazônia”, alega o professor da
Universidade Federal de Tocantins, Eliseu Ribeiro Lima.
Os apelidos de “Miss
Desmatamento” e “Rainha da Motosserra”, empregados à ruralista pelos movimentos
ambientalistas expõem, ainda, uma trajetória política pautada pelos antigos
preceitos da União Democrática Ruralista (UDR). “Essa defesa da propriedade
acima de tudo vem com Kátia Abreu desde que era presidente do sindicato rural
do município de Gurupi, em Tocantins”, comenta Eliseu.
Sem-terra
Embora a história política de
Kátia Abreu esteja ligada a cargos de direção em entidades de classe, a
senadora não registra seus imóveis rurais em seu nome. A ruralista detém apenas
um registro de propriedade no Instituto de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) de Tocantins.
Um funcionário da instituição em
Palmas, que prefere não se identificar, disse que a senadora coloca seus bens
rurais em nome de “laranjas, geralmente familiares”.
Para o professor Eliseu, que
estuda a questão agrária na região, a senadora teria uma imensidão de terras.
“São muitos hectares em seu poder em Tocantins e justamente para não expor
isso, Kátia Abreu só tem registrado em seu nome uma pequena propriedade”,
revela.
Segundo Lima, os dados do Incra
encobrem, por exemplo, o favorecimento do grupo político local dirigido pelo
governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB-TO), destinado à senadora.
No município de Campos Lindos, ao
norte do estado, o governador teria no final da década de 1990 “grilado terras
e distribuído a preço simbólico entre seus amigos empresários e parte da
família Abreu para beneficiamento de soja na região”, relata o professor.
Siqueira Campos, governador do
estado na época, emitiu um decreto jurando de utilidade pública uma área de 105
mil hectares de terra.
Kátia Abreu e seu irmão, Luiz
Alfredo Abreu, teriam pagado em lotes de 1,2 mil hectares de terra R$ 8 o
hectare.
Sem Lei
Outro tema que envolve o nome da
família Abreu é o trabalho escravo. A aprovação da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) do Trabalho Escravo, que estabelece a desapropriação de
imóveis rurais flagrados com funcionários em condições análogas de escravidão,
já foi diversas vezes questionada pela senadora. Kátia Abreu defende que a
expropriação da terra seja apenas depois do julgamento em última instância, sem
a reversão imediata para a reforma agrária.
“Negar ao proprietário do imóvel
o direito de defesa em juízo, especialmente no caso da exploração do trabalho
escravo, determinando a imediata expropriação do bem, dará ensejo a incontáveis
injustiças, em decorrência, sobretudo, de defecções na correta elucidação dos
fatos”, alega a ruralista.
Quando a PEC do Trabalho escravo
foi votada em meados de 2012 pela Câmara dos Deputados, o deputado federal
Irajá Abreu (PSD-TO), filho da senadora, foi um dos 57 parlamentares que votou
contra.
Em agosto do ano passado, 56
trabalhadores em condições análogas à de escravidão foram libertados pela
Policia Federal da Fazenda Água Amarela, de propriedade do irmão da ruralista,
André Luis de Castro Abreu, em Araguatins, no Tocantins.
Os trabalhadores, recrutados no
Maranhão, viviam em alojamentos precários, sem água potável nem fossa
sanitária. Eram transportados na carroceria de caminhão por motorista sem
habilitação e cumpriam regime de trabalho de 10 a 11 horas diárias, com
intervalo de apenas 15 minutos para almoço.
Crime ambiental
Ademais, a família Abreu também estaria
envolvida em casos de crime ambiental em Tocantins. Conforme informações do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) de Palmas, a fazenda ocupada pelas mulheres sem-terra teria sido
embargada em 2010 e os proprietários levados a julgamento em 2012 por
“destruir, desmatar e danificar florestas”.
A fazenda, em nome de Irajá,
também dono de uma empresa de reflorestamento com eucalipto, ainda teria uma
outra infração ambiental que a embargaria novamente em 2011.
Parte do documento emitido pelo
órgão especifica: “cortar árvores ou demais formas de vegetação natural em área
considerada de preservação permanente”. A ruralista e seu filho, Irajá, seriam
os principais opositores de projetos de preservação de biomas, como o cerrado
tocantinense.
Em meados de 2102 ambos
pressionaram o governador de Tocantins para a não aprovação de um projeto que
destinava à região R$ 9 milhões do Fundo Mundial para o Meio Ambiente.
As regiões da Serra da Cangalha,
com 16,8 mil hectares, Interflúvio Tocantins-Paranã, com 105,4 mil hectares, e
Vale do Rio Palmeiras, de 20 mil hectares, estariam em risco e seriam
beneficiados pelo projeto.
Irajá tentou persuadir os
diversos órgãos competentes ao assunto alegando já existir no estado de Tocantins
50% de áreas protegidas, citando Reserva Legal e Áreas de Preservação
Permanente. No entanto, ele não mencionou a diferenciação das Unidades de
Conservação de proteção integral em relação a essas áreas, cuja exigência é
mais severa.
Por sua vez, Kátia Abreu
argumentou junto ao Ministério de Meio Ambiente que as unidades de proteção
permanente prejudicariam o agronegócio na região, já que parte das terras
produtivas de Tocantins seriam atingidas.
Fonte site MST e Brasil de fato -
Marcio Zonta
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