
Só em São Paulo, cerca de 4 mil
escolas estaduais foram “municipalizadas” pelos seguidos governos tucanos,
desde o final da década de 90, com a cumplicidade do PT que deu a “largada”
para a municipalização adotando a medida em prefeituras como a de Santos e que,
a direção da APEOESP (junto com PCdoB, PSTU e PSOL) não organizaram qualquer
luta real contra esta medida de pulverização da rede pública do Estado.
Com esta politica o PSDB
transferiu para os municípios que se submeteram a essa política – mais frágeis
financeiramente – uma parcela maior da responsabilidade com um dos maiores
gastos dos orçamentos públicos de Estados e Municípios, o da Educação, como parte
de sua de destruição dos serviços públicos e de ataque aos interesses da
população, em benefício dos monopólios privados que controlam o Estado.
Ganhos só para os “tubarões” do
ensino e suas máfias políticas
Não por coincidência, nesse mesmo
período, crianças e jovens foram vítimas do maior retrocesso do ensino público
de todos os tempos.
Cada vez mais a municipalização
se evidenciou como uma verdadeira farra, ao permitir que prefeitos fizessem a
“festa” com as verbas do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico),
usando seus recursos com negociatas com empresas privadas da Educação (como
Positivo, Objetivo, Anglo e outras redes mercadoras da Educação) e de outras
áreas.
Os salários dos trabalhadores da
Educação continuaram arrochados, ficando em muitos casos abaixo dos míseros
valores pagos no Estado.
Geralmente os Conselhos
responsáveis pela fiscalização dessa situação nos municípios são de “fachada”,
visando apenas dar um aspecto de transparência ao uso das verbas fornecidas que
são desviadas para outros fins que não o do ensino público.
A municipalização também serviu
ao intuito de centenas de prefeitos de reforçarem seus currais eleitorais e sua
política clientelista, com escolas e Secretarias de Educação usadas como
“cabides de emprego” para seus apoiadores.
<i1>Caos por todos os lados
<t1>Com o passar dos anos e
a aproximação da crise capitalista que vai tomar conta de todo o País a
municipalização vai mostrando mais claramente seus objetivos perversos.
Os exemplos são muitos e se
multiplicam por todas as regiões do Estado.
Em Assis, todo o ciclo I do
fundamental foi municipalizado há anos e o resultado neste ano de final de
mandato do atual prefeito é uma crise total. A corrupção e a má administração
têm obrigado as escola municipais a fecharem as portas em dias que sequer são
feriados na cidade pois não há mais verbas para a merenda e chegou a se cogitar
com o encerramento do ano letivo antes do cumprimento dos dias obrigatórios
pelo mesmo motivo.
Em Brodowski o salário do
funcionalismo começou a atrasar a partir de março, e o governo está ameaçando
não pagar o 13º neste ano.
Em Serrana, o governo, alegando necessidade de
cortar gastos, adotou medidas como o fim dos subsídios de transporte para
universitários e estudantes de cursos técnico-profissionalizantes e a dispensa
de servidores.
Na cidade de Serra Azul também
ocorreram demissões, após as eleições.
Em inúmeras cidades prefeitos
reduziram o expediente nas prefeituras e cortaram despesas, alegando que
precisam economizar para pagar o 13º salário dos servidores e fechar o ano com
as contas um pouco equilibradas.
Mesmo diante deste verdadeiro
caos, alguns prefeitos ainda buscam manter e ampliar a política nefasta de
municipalização.
Dentre outros casos, está a
cidade de Iacanga, no Noroeste do Estado. Lá para convencer a população, o
prefeito tenta criar a ilusão de que a municipalização irá melhorar a qualidade
de ensino, e faz promessas demagógicas sobre fornecimento de material,
uniforme, tênis, cadernos, etc. coisa que o Estado e outras prefeituras também
fizeram e que não representou até hoje nenhuma melhoria na educação. O prefeito
Smael Boiane e seu séquito tucano e a diretora da Escola Pe. Jorge Mattar estão
a favor da municipalização, de olho nas mutretas apontadas acima. Esta escola,
cujo ciclo II do ensino fundamental está no alvo da municipalização, já teve o
ciclo I municipalizado e isso não representou melhoras significativas.
Revogar as medidas do PSDB contra
a Educação
As eleições deixaram evidente a
crescente rejeição da população contra a política do PSDB, em particular seus
ataques contra o ensino púbico.
Passa da hora de mobilizar para
colocar abaixo o conjunto das medidas do tucano contra a Educação.
A Comunidade escolar (pais,
professores, alunos e funcionários) deve se manifestar contra as
municipalizações que não passam de mecanismos para promover mais corrupção e a
privatização da educação e exigir que as escolas estaduais sejam de qualidade.
Esta deve ser a luta de todos que defendem a educação pública.
Pelo fim das municipalizações e
pela reestadualização das escolas municipalizadas!
Fonte site PCO
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