Havana - O líder da Revolução
cubana, Fidel Castro, afirmou hoje que ainda que muitas pessoas no mundo são
enganadas por órgãos de informação, quase todos em mãos de privilegiados e
ricos que publicam estupidezes, os povos acreditam cada vez menos nessas
mentiras.
"Bastou uma mensagem aos formandos do
primeiro curso do Instituto de Ciências Médicas 'Vitória de Girón', para que
começasse o alvoroço no galinheiro da propaganda imperialista e as agências
dessem seguimento à mentira de maneira voraz", denuncia o líder cubano em
um comentário titulado "Fidel Castro está agonizando", que publica a
página digital CubaDebate.
No texto, Fidel Castro afirma também que essas
agências "em seus despachos atribuíram aos pacientes as mais insólitas
idiotices".
Do mesmo modo, agrega o líder cubano, o jornal
ABC da Espanha publicou que um médico venezuelano, "que reside não se sabe
onde", revelou que ele tinha sofrido uma embolia massiva na artéria
cerebral direita.
"Posso dizer que não vamos voltar a vê-lo
publicamente", indica o líder da Revolução cubana.
Em seu comentário, Fidel Castro assegura que
"ninguém gosta de ser enganado; até o mais incorrigível mentiroso, espera
que lhe digam a verdade".
Como exemplo mencionou que "todo mundo
acreditou, em abril de 1961, as notícias publicadas pelas agências a respeito
dos invasores mercenários de Girón ou Baía dos Porcos, como quiserem chamar,
que estavam chegando a Havana, quando em realidade algumas delas tentavam
infrutiferamente chegar em botes aos navios de guerra yankis que as
escoltavam".
Para o líder cubano, "os povos aprendem e
a resistência cresce frente às crises do capitalismo que se repetem cada vez
com maior frequência; nenhuma mentira, repressão ou novas armas, poderão
impedir a derrubada de um sistema de produção crescentemente desigual e
injusto".
Em outra parte de seu comentário, Fidel Castro
faz referência à Crise de Outubro e como as agências apontaram a três culpados:
"Kennedy, recém chegado à direção do império, Jruschov e Castro. Cuba não
teve nada a ver com a arma nuclear, nem com a matança desnecessária em
Hiroshima e Nagasaki perpetrada pelo presidente dos Estados Unidos Harry S.
Truman, estabelecendo a tirania das armas nucleares. Cuba defendia seu direito
à independência e à justiça social", enfatiza o líder revolucionário.
Acrescenta que "quando aceitamos a ajuda
soviética em armas, petróleo, alimentos e outros recursos, foi para nos
defender dos planos yankis de invadir nossa Pátria, submetida a uma suja e
sangrenta guerra que esse país capitalista nos impôs desde os primeiros meses,
e custou milhares de vidas e mutilados cubanos".
Fidel Castro explica que "quando Jruschov
nos propôs instalar armas de alcance médio similares às que os Estados Unidos
tinha na Turquia Â-"mais
perto ainda da URSS que Cuba dos Estados UnidosÂ-",
como uma necessidade solidária, Cuba não vacilou em aceder a tal risco".
Ratifica que "nossa conduta foi
eticamente inquestionável. Nunca pediremos desculpa a ninguém pelo que fizemos.
A verdade é que já passou meio século, e ainda estamos aqui com a cabeça
erguida".
Em parágrafos finais de seu comentário, o
líder cubano reconhece que gosta "de escrever e escrevo; gosto de estudar
e estudo. Há muitas tarefas na área dos conhecimentos. Nunca as ciências, por
exemplo, avançaram a tão espantosa velocidade".
Fidel Castro explica que deixou de publicar
Reflexões porque "certamente não é meu papel ocupar as páginas de nossa
imprensa, consagrada a outras tarefas que requer o país".
"Ai! Mania de prever desgraça! Não lembro
nem sequer o que é uma dor de cabeça. Como prova do quanto são mentirosos, lhes
peço as fotos que acompanham este artigo", sentença.
Fonte : site Prensa Latina
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