Em fevereiro desse ano Rodas anunciou
a mudança do nome de Coseas (Coordenadoria de Assistência Social) para
Superintendência de Assistência Social e anunciou reformas de superficiais nos
blocos
A crise na moradia estudantil da
USP está escancarada para todos. São mais de 20 anos que apesar de aumentar o
número de estudantes na universidade, as vagas diminuíram.
Em 2010 centenas de estudantes em
assembleia do CRUSP decidiram ocupar a sede da antiga Coseas, que tomou uma
parte do bloco G e retirou vagas.
Moravam no local cerca de 40
estudantes que ficaram de fora da seleção arbitrária da Coseas. No dia 19 de
fevereiro de 2012, um domingo de carnaval, a pedido da Coseas foi feita a
reintegração de posse do prédio com a Tropa de choque da PM.
Os estudantes ficaram presos nos
blocos e foram intimidados dentro dos apartamentos. Os policiais circularam nos
corredores dos blocos intimidando os moradores. Balas de borracha foram
atiradas contra os estudantes e vidros foram quebrados.
Após essa ação não vista desde da
ditadura militar, a Coseas mudou para SAS (Superintendência de Assistência
Social) e anunciou reformas de fachada. Alguns blocos tiveram os corredores
pintados, no entanto, os apartamentos com problemas de infiltração, problemas
elétricos se mantiveram.
Essas pinturas e pequenas
reformas podem ser mais um passo de Rodas em seu plano de aumento da
vigilância.
A instalação de catraca no CRUSP
é um plano antigo e será mais uma ofensiva contra os estudantes tornando a
moradia em uma espécie de campo de concentração e ostensivo controle.
A ocupação da Coseas
(Coordenadoria de Assistência Social) em março de 2010 mostrou também o
funcionamento deste órgão que mais se parece com um órgão existente na ditadura
militar brasileira.
Em um dos documentos encontrados
e divulgados pelos estudantes foi feito em 2001 pela Coordenadoria de
Assistência Social da USP (Coseas), responsável, entre outros, pela moradia. O
nome do plano é “Programa de Ação Comunitária e Segurança”.
O programa tem o objetivo de
aprofundar o já existente sistema de controle dos moradores do CRUSP, como
mostram os relatórios com uma cuidadosa análise dos estudantes e da vida da
moradia. Com Rodas esse se torna uma ameaça ainda maior.
Está mais do que provado que o
objetivo não é o de melhorar as condições de vida dos moradores, a
infra-estrutura do CRUSP ou integrar os estudantes mas apenas ter um rígido
controle da vida dos estudantes, potenciais opositores ao status quo existente
na universidade.
O plano de segurança tem como
objetivo policiar os estudantes para conter o foco de agitação política em
potencial que é o CRUSP onde é muito comum os estudantes se organizar para
lutar contra os ataques da reitoria.
É um plano que retoma o mesmo
controle que tinha a ditadura sobre os estudantes e agora com a PM realizando
rondas ostensivas na cidade universitária a situação se agrava. A Rocam já foi
vista passando nos corredores do CRUSP o que é um abuso completo. É a
residência dos estudantes invadida e controlada pela polícia militar.
O plano descoberto pelos
estudantes fala da necessidade de adaptar as portarias dos blocos para
“facilitar o controle da entrada de visitantes e moradores”, “implantação de um
banco de dados para monitoramento das ocorrências e do cotidiano da moradia” e
a compra de oito câmeras “camufladas”, além de binóculos de longo alcance “day
and night”, lanternas, rádios para comunicação com a guarda universitária que é
controlada por um militar indicado por Rodas.
É um equipamento para o estabelecimento
de um controle policial dos estudantes contando inclusive com o “cercamento” do
CRUSP através de catracas.
Este controle social que quer a
burocracia universitária seguindo às ordens do “fascistão” Rodas na moradia
estudantil deve ser rejeitada pelo conjunto dos estudantes.
É preciso impedir que o plano
seja colocado em prática usando os meios disponíveis e necessários para isso.
Fonte: site PCO
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