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domingo, 3 de junho de 2012

Passa a valer em Israel lei que prevê prisão de imigrantes ilegais por três anos


Ainda sobrevive, e muito fortemente,  em Israel  teses absurdas de eugenia e aquelas oriundas de “suposta” superioridade racial de  determinados  povos.  A propósito aquela ladainha  histórica  da odisseia de semitas  em terras sagradas e sua predileção divina, ainda  campeia mentes  em várias regiões do planeta. 
Nem mesmo em tempos medievais  algo tão  absurdo passava desapercebido pelas mentes pensantes da época.  Quem não se recorda  das aventuras  intelectuais do  grande Aristóteles que mesmo tendo vivido no século IV aC  teve  sua influência, e bastante  assídua, em incansáveis discussões intelectuais em meados do século XIV.  Sua sombra  era forte e  arrastou-se ainda em tempos modernos.

Todavia foi-se o tempo em que  se punha  um ponto final  numa discussão com aquela sentença:   “ Aristóteles o disse”.   Quem não se recorda do crasso erro  do respeitadíssimo pensador  ao se referir ao sangue  e a sua suposta, sabemos hoje errada,  relação  deste e, em sequência , transferência  embrionária  para o feto.  Um absurdo, sabemos pois, que os caracteres são transferidos pelos genes  então inclusos nos cromossomos e não pela corrente sanguínea  como se supunha.

Entre muita gente inculta e preconceituosa essa ficção do sangue é ainda difundida e forte.  Trata-se, pois, de uma concepção  estúpida e anticientífica.   Só pode ter lugar num museu de aberrações.

Mas, há erros insistentes  imprevisíveis  e que atravessam séculos incólumes.  Esta lei  que dá ao Estado sionista o direito de prender pessoas, fiado em discriminações óbvias, é uma afronta  ao Direito Internacional.  Ridicularias de fanáticos  racialistas com suas roupagens clássicas e  forjadas, cujos conteúdos,  são temperados pela imoralidade  e por toda a sorte de ardil. Um ato   criminoso.    Um labirinto de ideias desencontradas que só surtiram, e têm  eco, junto a mídia  vassala .      Que  deveria ser, portanto  efêmera  e não  longeva. 

A matéria  que segue nos  leva a um fenômeno não menos vergonhoso e imoral  que  acontece  nos dias atuais.     Então vejamos.   



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Israel  - ONGs classificam medida como "obscura"; ela coincide com duras declarações racistas de ministros sobre refugiados da África Subsaaariana

O Ministério do Interior de Israel colocou em vigor neste domingo (03/06) uma lei que permitirá às autoridades de segurança prender durante três anos qualquer pessoa que entre no país de forma ilegal, e entre cinco e 15 anos qualquer pessoa que os auxilie a entrar no território.

A lei foi aprovada há alguns anos para frear a entrada de palestinos, mas neste domingo foi estendida a qualquer imigrante. Ela coincide com uma dura polêmica pelas declarações racistas de alguns ministros sobre refugiados da África Subsaaariana que se radicaram em Israel.

O jornal israelense Ha'aretz informa que, pela primeira vez, esses imigrantes, que chegam a cerca de 60 mil em todo território de Israel, poderiam ser enviados à prisão sem julgamento algum e sem a opção de se acolher à repatriação ou expulsão.

A lei foi aprovada há anos para dissuadir palestinos de cruzar a fronteira para buscar trabalho em Israel, mas seu alcance foi ampliado ao restante de imigrantes ilegais ou pessoas de países em desenvolvimento que entram no Estado judaico em busca de asilo.

Até agora, todos os imigrantes detidos pelo Exército na fronteira entre Israel e Egito, principal via de acesso, eram transferidos ao centro de detenção de Sharonim, com capacidade para cerca de duas mil pessoas, mas a maioria vive nas grandes cidades.

Nos últimos meses, houve graves ataques contra eles por parte de grupos xenófobos, sobretudo no bairro Shapira, no sul de Tel Aviv, onde se concentram pelo menos 20 mil estrangeiros.

Organizações de direitos humanos classificaram a lei como "momento obscuro para Israel" e uma "mancha negra" na história democrática do país. As ONGs apelaram às autoridades para que cumpram as convenções internacionais que garantem a oferta de asilo aos que correm perigo em seus países de origem.

"Em vez de agir como qualquer outro país civilizado, estudar os pedidos de asilo e oferecer refúgio aos que merecem, Israel decide a prisão em massa de milhares de pessoas", criticou em entrevista ao Ha'aretz a ONG Kav LaOved, principal organização de assistência a imigrantes.

Em declarações ao jornal Maariv, o ministro do Interior, o ultra-ortodoxo Eli Yishai, indicou que manterá "a luta com todos os meios disponíveis para expulsar os estrangeiros, até que não sobre nem um só infiltrado".

Yishai, que há várias semanas foi acusado de racismo por outras polêmicas declarações sobre os imigrantes africanos, voltou a incorrer neste domingo em seu habitual discurso xenófobo ao se queixar de que "a maioria dos muçulmanos que chegam (a Israel) sequer acredita que este país pertença a nós, ao homem branco".

O deputado ultradireitista Ariel Eldad defendeu que as autoridades "atirem contra qualquer um que cruzar a fronteira". Suas declarações foram feitas durante uma visita que a Comissão de Exteriores e Segurança do Parlamento fez neste domingo à fronteira com o Egito, informou o serviço de notícias Ynet.

Fonte  Opera Mundi   e site  Diário Liberdade.

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