Ainda sobrevive, e muito
fortemente, em Israel teses absurdas de eugenia e aquelas oriundas
de “suposta” superioridade racial de
determinados povos. A propósito aquela ladainha histórica
da odisseia de semitas em terras
sagradas e sua predileção divina, ainda
campeia mentes em várias regiões
do planeta.
Nem mesmo em tempos
medievais algo tão absurdo passava desapercebido pelas mentes
pensantes da época. Quem não se
recorda das aventuras intelectuais do grande Aristóteles que mesmo tendo vivido no
século IV aC teve sua influência, e bastante assídua, em incansáveis discussões
intelectuais em meados do século XIV.
Sua sombra era forte e arrastou-se ainda em tempos modernos.
Todavia foi-se o tempo em
que se punha um ponto final numa discussão com aquela sentença: “ Aristóteles o disse”. Quem não se recorda do crasso erro do respeitadíssimo pensador ao se referir ao sangue e a sua suposta, sabemos hoje errada, relação
deste e, em sequência , transferência
embrionária para o feto. Um absurdo, sabemos pois, que os caracteres
são transferidos pelos genes então
inclusos nos cromossomos e não pela corrente sanguínea como se supunha.
Entre muita gente inculta e
preconceituosa essa ficção do sangue é ainda difundida e forte. Trata-se, pois, de uma concepção estúpida e anticientífica. Só pode ter lugar num museu de aberrações.
Mas, há erros insistentes imprevisíveis
e que atravessam séculos incólumes.
Esta lei que dá ao Estado
sionista o direito de prender pessoas, fiado em discriminações óbvias, é uma
afronta ao Direito Internacional. Ridicularias de fanáticos racialistas com suas roupagens clássicas
e forjadas, cujos conteúdos, são temperados pela imoralidade e por toda a sorte de ardil. Um ato criminoso.
Um labirinto de ideias desencontradas que só surtiram, e têm eco, junto a mídia vassala .
Que deveria ser, portanto efêmera e não
longeva.
A matéria que segue nos
leva a um fenômeno não menos vergonhoso e imoral que
acontece nos dias atuais. Então vejamos.
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Israel - ONGs classificam medida como
"obscura"; ela coincide com duras declarações racistas de ministros
sobre refugiados da África Subsaaariana
O Ministério do Interior de
Israel colocou em vigor neste domingo (03/06) uma lei que permitirá às
autoridades de segurança prender durante três anos qualquer pessoa que entre no
país de forma ilegal, e entre cinco e 15 anos qualquer pessoa que os auxilie a
entrar no território.
A lei foi aprovada há alguns anos
para frear a entrada de palestinos, mas neste domingo foi estendida a qualquer
imigrante. Ela coincide com uma dura polêmica pelas declarações racistas de
alguns ministros sobre refugiados da África Subsaaariana que se radicaram em
Israel.
O jornal israelense Ha'aretz
informa que, pela primeira vez, esses imigrantes, que chegam a cerca de 60 mil
em todo território de Israel, poderiam ser enviados à prisão sem julgamento
algum e sem a opção de se acolher à repatriação ou expulsão.
A lei foi aprovada há anos para
dissuadir palestinos de cruzar a fronteira para buscar trabalho em Israel, mas
seu alcance foi ampliado ao restante de imigrantes ilegais ou pessoas de países
em desenvolvimento que entram no Estado judaico em busca de asilo.
Até agora, todos os imigrantes
detidos pelo Exército na fronteira entre Israel e Egito, principal via de
acesso, eram transferidos ao centro de detenção de Sharonim, com capacidade
para cerca de duas mil pessoas, mas a maioria vive nas grandes cidades.
Nos últimos meses, houve graves
ataques contra eles por parte de grupos xenófobos, sobretudo no bairro Shapira,
no sul de Tel Aviv, onde se concentram pelo menos 20 mil estrangeiros.
Organizações de direitos humanos
classificaram a lei como "momento obscuro para Israel" e uma
"mancha negra" na história democrática do país. As ONGs apelaram às
autoridades para que cumpram as convenções internacionais que garantem a oferta
de asilo aos que correm perigo em seus países de origem.
"Em vez de agir como
qualquer outro país civilizado, estudar os pedidos de asilo e oferecer refúgio
aos que merecem, Israel decide a prisão em massa de milhares de pessoas",
criticou em entrevista ao Ha'aretz a ONG Kav LaOved, principal organização de
assistência a imigrantes.
Em declarações ao jornal Maariv,
o ministro do Interior, o ultra-ortodoxo Eli Yishai, indicou que manterá
"a luta com todos os meios disponíveis para expulsar os estrangeiros, até
que não sobre nem um só infiltrado".
Yishai, que há várias semanas foi
acusado de racismo por outras polêmicas declarações sobre os imigrantes
africanos, voltou a incorrer neste domingo em seu habitual discurso xenófobo ao
se queixar de que "a maioria dos muçulmanos que chegam (a Israel) sequer
acredita que este país pertença a nós, ao homem branco".
O deputado ultradireitista Ariel
Eldad defendeu que as autoridades "atirem contra qualquer um que cruzar a
fronteira". Suas declarações foram feitas durante uma visita que a
Comissão de Exteriores e Segurança do Parlamento fez neste domingo à fronteira
com o Egito, informou o serviço de notícias Ynet.
Fonte Opera Mundi e site
Diário Liberdade.
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