O veto parcial da presidenta
Dilma Rousseff ao texto do novo Código Florestal foi insuficiente, mas mesmo
assim representou uma derrota ao latifúndio e aos ruralistas. Essa é a
avaliação dos movimentos sociais da Via Campesina Brasil sobre os vetos e a
Medida Provisória publicados nesta segunda-feira (28) no Diário Oficial da
União.
O integrante da Via Campesina,
Luiz Zarref, explica a avaliação dos movimentos ao veto presidencial ao Código
Florestal.
“Ele representa uma derrota do
latifúndio mais atrasado, aquele latifúndio que queria a anistia total e
integral, desse latifúndio que planta soja até na beira do rio e que não queria
recuperar nada. Mas ele não significa o atendimento das necessidades da
população de produção de alimentos saudáveis e de conservação da natureza”.
Ele ressalta que o a parcialidade
do veto significa também a consolidação do agronegócio representado pela
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo senador Blairo
Maggi (PR-MT), que fechou o acordo sobre o texto.
Outra avaliação da Via Campesina
é o porquê da presidenta não ter vetado integralmente o texto do Código, como
observa Zarref.
“O agronegócio está em um
processo de avanço de consolidação da sua hegemonia. Então, ele está muito bem
posicionado tanto no judiciário brasileiro, como no Congresso brasileiro, e
mesmo dentro do governo federal. Como a presidenta Dilma vem de coalizão, de
uma relação bastante tensionada com o Congresso, ficou em uma situação difícil
de fazer um veto integral”.
Fonte site: Radioagência NP, Vivian Fernandes.
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