Damasco- Mais de 40 pessoas
morreram e cerca de 170 foram feridas nesta quinta (10) após a explosão de dois
carros bombas na autopista sul de Damasco, divulgaram fontes oficiais.
As explosões ocorreram às 07:50
(hora local) em uma zona densamente povoada, onde quase ao meio dia as
autoridades ainda recolhiam restos humanos entre os escombros.
As explosões coincidiram com a
saída dos trabalhadores para seus postos de trabalho e dos estudantes a suas
escolas e universidades, e em um momento em que pela região tinha uma densa
deslocação de automóveis, ônibus, táxis e pessoas.
As detonações levantaram duas
bolas de fumaça que podiam se apreciar de diferentes partes da cidade. A ação foi
qualificada de vandálica e horrenda por moradores, os quais manifestaram sua
rejeição a tais atos.
No lugar, constatou Prensa
Latina, observa-se um cratera de uns dois metros de profundidade e mais de
cinco metros de largo, aberto pelas detonações, e ainda tinha restos humanos
disseminados pela área, rodeada de vários carros calcinados.
O atentado ao que parece estava
dirigido contra o edifício que alberga escritórios do Quartel de Patrulhas na
central avenida, ainda que as principais vítimas fossem civis.
Imagens mostradas pela televisão
síria recolhiam corpos calcinados, restos humanos, crianças e mulheres mortos
por causa do vandálico feito, cujas dimensões é difícil recolher com palavras.
As fachadas de estabelecimentos e
moradias a cem metros à redonda de onde ocorreu a explosão também foram danadas
pela onda expansiva.
Centenas de pessoas foram ao
lugar e em improvisadas manifestações condenaram tais ações qualificando-as de
criminoso, bárbaras, e culpando a Estados Unidos, A al-Qaeda, nações do Golfo
Pérsico e países ocidentais de estar por trás dos fatos, que segundo
especialistas têm o selo da rede terrorista fundada por Osama Bin Laden.
O chefe da Missão de Observadores
da ONU na Síria, general Robert Mood, acompanhado por uma delegação de
observadores internacionais, visitou a área e chamou a todos aqueles que estão
por trás desses ataques, sejam de dentro ou fora da Síria, a precatar-se de que
só ocasionam maior sofrimento.
Mood exigiu que cessassem esses
atos e a seus autores que outorguem uma oportunidade aos sírios para que
avancem para uma solução política da crise de forma pacífica.
Destacou que sua equipe está
sobre o terreno na Síria e com o povo sírio, e não vai considerar que esses
atentados sejam para transmitir uma mensagem a sua Missão e à comunidade
internacional.
Fonte: Prensa Latina
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