Pages

Subscribe:

domingo, 20 de novembro de 2011

Por greve, estudantes e professores são ameaçados de morte em Rondônia


A democracia é um regime que, lamentavelmente, não é compartilhado nem aceito por todos. Quiçá seja uma questão de modelo e eficácia da Educação Formal. O mais grave é que, em certos casos, nem com informações e com grandes luzes que se lancem sobre as relações sociais que a envolvem, são suficientes para dar cabo dos mais terríveis preconceitos que a cercam.




As coisas se tornam mais imprevisíveis e amargas quando justamente dentro de uma insituição de ensino se encontrem provas de mais proterva ação e profundo autoritárismo oriundos, nítidas e precisamente, daqueles que, por natureza, deveriam ser o exemplo de conduta inatingível dado as responsabilidades que lhe foram conferidas nada fortuitamente, é certo e sim, determinantemente por aclamação duma maioria; Isso numa seara minimamewnte livre onde o pensamento, e sobretudo o pluralismo dele, estejam garantidos pela natureza da Instituição que os permitiu anuncia-los para que se façam os embates que sem eles não se poderiam sonhar com quaisquer tipos de avanços do saber.




Todo o nosso apoio aos estudantes e professores da UNIVERSIDADE DE RONDÔNIA.





Manifestantes que exigem melhores condições de ensino na Universidade Federal de Rondônia (Unir) estão sendo intimidados com bilhetes anônimos

Da Redação

Estudantes e professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir) estão sendo ameaçados de morte por meio de bilhetes anônimos pregado em portas de laboratórios e departamentos do campus de Porto Velho. Os bilhetes são uma retaliação às protestos que ocorrem na Unir contra o reitor Januário de Oliveira Amaral e pela exigência de mais investimento no ensino da Universidade.

Nos bilhetes, os opositores indicam os nomes de pessoas que podem ser assassinadas. Ao todo, oito foram ameaçadas de morte. No texto, os criminosos dizem: “Não adianta cantar vitória antes do tempo. Muita água ainda pode rolar... Segue alguns nomes que podem descer na enchente do rio”.
Bilhetes com ameaças foram colados em portas de laboratórios e departamentos


No contexto da região amazônica, a expressão “descer na enchente do rio” é associada à prática de desova de cadáveres nos rios. Além de ameaças anônimas, há registro de uma ameaça verbal feita quando uma estudante de psicologia, integrante do comando de greve, foi abordada na porta da sua casa por homens encapuzados, que disseram que ela morreria em breve.

Estas não são as primeiras tentativas de intimidação sofridas pelo movimento docente e discente. No último dia 22 de outubro, o professor de História, Valdir Aparecido de Souza foi preso por dois estudantes da Universidade que também são policiais federais (veja vídeo nesta matéria). Eles não usavam distintivos e acusaram o professor de ter atirado um artefato na direção deles, o que foi negado por estudantes e professores que estavam na manifestação.

Valdir passou uma noite no presídio “Urso Panda”, em Porto Velho, e foi indiciado por incitação à violência, resistência à prisão, desacato à autoridade, entre outros crimes, que somados lhe rendem quatro anos de prisão. A liberdade provisória foi concedida com as prerrogativas do professor não comparecer à sede da Universidade Federal de Rondônia enquanto o movimento grevista estiver em curso.



Pelo que lutam

Reitoria da Unir, ocupada desde 05 de outubro. Manifestantes querem a demissão do reitor Januário de Oliveira Amaral, acusado de corrupção - Foto: Comandodegreveunir.blogspot.com


Estudantes estão em greve desde 14 de setembro e ocupam o prédio da reitoria desdeo dia 05 de outubro, exigindo a demissão do reitor Januário de Oliveira Amaral, acusado de corrupção e improbidade administrativa.

Segundo o comando de greve do movimento, um dossiê com mais de 1.500 páginas foi produzido por estudantes e professores e comprova os crimes cometidos pelo reitor. O documento está sendo investigado por uma comissão de sindicância do Ministério da Educação (MEC).


- Foto: Comandodegreveunir.blogspot.com

Professores também estão paralisados. Além da saída de Januário, docentes e alunosquerem investimentos em infra-estrutura e contratação de profissionais para os sete campi da Unir. Eles se queixam da falta de salas de aulas e professores efetivos, a inexistência de restaurantes e hospital universitário, laboratórios e bibliotecas. Pais dos universitários apóiam o movimento.

Em 2008, depois de forte mobilização estudantil, Oliveira assinou um termo de compromisso com os alunos se comprometendo a melhorar a infra-estrutura. Entretanto, segundo os manifestantes, apenas um dos compromissos foi realizado parcialmente.

Veja vídeo que mostra prisão arbitrária do professor Valdir Aparecido de Souza pela Polícia Federal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário


Licença Creative Commons
Este obra foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 2.5 Brasil.