A Assembleia Geral da ONU aprovou na última noite, uma resolução que condena os atentados contra as pessoas que gozam de imunidade diplomática. O documento foi proposto pela Arábia Saudita depois que autoridades dos Estados Unidos denunciaram um suposto complô iraniano para assassinar o embaixador saudita em Washington.
A citada rsolução foi aprovada por 106 países. Nove, dos 193 membros da ONU votaram contra o documento e 40 se absteram. A Rússia desaprovou a resolução dado que certos pontos do documento suscitam indagações e dúvidas de caráter jurídico.
O representante permanente e adjunto da Rússia ante o organismo, Serguei Kárev, declarou durante a votação que o processo judicial a respeito do suposto complô está em seu início, e observou que se deve respeitar o princípio de presunção da inocência. “ Temos dúvidas substanciais a respeito dessa resolução da Assembleia Geral no que se refere ao princípio da presunção de inocência”.
No quinto ponto da resolução a Assembleia Geral da ONU “Chama a República Islâmica do Irã a cumprir com seus compromissos no que se refere a observação do Direito Internacional, incluindo a Convenção para prevenir e sancionar delitos contra pessoas que gozam de imunidade especialmente os compromissos de proporcionar assistência Jurídica e cooperação com os Estados que buscam investigar todas as pessoas que participaram na preparação, financiamento e organização de tentativa do assassinato do embaixador do Reino da Arábia Saudita”
O representante permanente do Irã para a ONU, Muhammad Hazi, Acusou , por sua vez, que “ é contraproducente e desonesta a aprovação dessa resolução baseada, segundo ele, em declarações mentirosas”
No dia 14 do mês de outubro, o fiscal geral dos EUA, Eric Holder, confirmou que os serviços de inteligência , dos EUA, desmantelaram um plano terrorista contra o embaixador saudita em Washington, Adel Al Jubeir, tramado por um grupo dentro do governo iraniano.
Esse tipo de episódio vem reforçar as desconfianças, que não são pequenas, com relação ao comportamento dos EUA e de sua mais eficaz máquina de fazer terrorismo- o seu organismo de inteligência e de espionagem –CIA-
Muito recentemente a China e a Rússia emitiram informações a respeito de um plano falacioso ,edificado por Washington, para tentar prejudicar o governo iraniano. A matéria em questão parece que não teve a repercussão merecida.. A questão aprumou-se na direção de mais um ardil dos EUA na expectativa de inflamar a opinião pública mundial contra o Irã.
Grande parte da mídia internacional, há vários anos, já vem colaborando com esse mecanismo imoral e extremamente hediondo de Washington.
Cada vez mais fica assaz claro o papel da ONU diante dos acontecimentos mundiais. Já se falava, desde os idos do final do século passado, sobre o verdadeiro papel e futuro de organismos como a OEA, fundada em abril de 1948 tendo 35 países signatários e tida , desde os anos 80 devido a arrogante e terrorista política de Washington, como uma espécie de escritório dos interesses do IV Reich para o continente. Um futuro duvidoso devido a sua constituição marcadamente capitaneada pela Casa Branca.
A ONU faz hoje aquele papel nefasto feito pela OEA e tantas vezes denunciado pelo governo cubano. O que a ela faz nesse momento deveria ser inadmissível pelos Estados que se afirmam democráticos e que insistem em citar o “Direito Internacional” como regra mundial para todos. Mais uma perigosa e maquiavélica trama está sendo costurada e poderá culminar, muito provavelmente, com outras invasões da criminosa OTAN e com o aval, não tenhamos dúvidas pois os indícios levam a tal, da “Organização das Nações Unidas”. Nome bonito. Mas é só o nome.
Com informes também de Ria novosti.
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