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terça-feira, 14 de junho de 2011

OTAN intensifica bombardeios criminosos contra a Líbia!



As guerras, estejam onde estiverem, ocorram onde quer que seja, em diferentes períodos da história da raça humana, definitivamente representam uma mancha indestrutível na notável odisséia humana neste planeta. A negação da vida e a opção pela sua destruição é algo nauseante e todos nós, em uníssono, deveríamos dizer basta!

Sobre suas mazelas eis o que pensava o sábio Einstein, que, em certa ocasião disparou: “ Que um homem folgue de marchas em filas de quatro aos acordes de uma banda, já é suficiente para me fazer desprezá-lo. O cérebro que possui foi lhe dado por engano: uma medula espinhal era tudo de que precisava. Esta chaga da civilização devia ser abolida com a maior rapidez possível. O heroísmo de encomenda, a violência imbecil e todas as demais barbaridades que se enfeitam com o nome de patriotismo (..) como eu odeio tudo isso! A guerra me parece uma coisa vil e desprezível. Prefiro que me esquartejem a tomar parte nessa coisa abominável!”

Palavras duras?! Certamente que não,diriam muitos! Apenas uma concepção que brota em mentes verdadeiramente sábias, envolventes e profundamente humanas! O que não diria Albert Einstein se estivesse entre nós ao ver os EUA e uma imensidão de “ Estados Modernos” tirarem, deliberadamente, vidas de milhares de inocentes que apenas buscam viver, tudo em nome,... de que mesmo?? Não há justificativas para algo tão abominável como ele frisou.

Reproduzo abaixo excelente matéria que reporta-nos a tão terrível fenômeno.
Por Rick Rozoff

A implacável guerra do conjunto imperialista intensifica-se entrando no seu quarto mês. Sabemos que essa guerra começou no dia 19 de março e que esteve nos primeiros treze dias abaixo do Comando dos Estados Unidos e da operação denominada Amanhecer de Odysseu. Sabemos também que depois das duas semanas ela continuou abaixo da direção da OTAN, na operação denominada Protetor Unificado.

Na história das agressões armadas da OTAN só a guerra contra o Afeganistão, já hoje com mais de dez anos, supera em tempo de duração a guerra contra a Líbia. Os intensivos bombardeamentos contra a Iugoslávia duraram 78 dias.

O bloco militar, dominado pelos Estados Unidos, não só reconhece como também se vangloria de ter conduzido 11.000 missões de vôo e mais de 4.000 saídas de ataque desde 31 de março. Centenas de ataques aéreos assim como mais de 160 ataques de mísseis lançados, entre outros, pelos Estados Unidos, Inglaterra e França já tinham então sido feitos.

[Para se ter uma idéia do que são esses mísseis é só pensar que, por ex., um dos chamados Tomahawks é carregado com pelo menos 500 kg TNT, que é um explosivo muito efetivo. Esse explosivo é um dos mais usados pelos americanos.

Como se isso não fosse suficiente costumam ainda colocar uma cabeça detonadora contendo urânio empobrecido para assegurar o específico efeito malévolo desejado por eles. Isso como se uma detonação de um míssel contendo 500kg TNT no centro de uma cidade populosa não pudesse conseguir o efeito desejado. Sabe-se que eles não gostam de contar mortos, mas a nós nos parece que perto de 1.500.000 mortos e 5.000.000 desalojados é uma apreciação razoável dos resultados dos incessantes bombardeamentos a que o Iraque, por ex., foi submetido.

Quanto ao urânio empobrecido, pensemos que se alguém tentasse entrar com uma única peça dessa abominável munição num país europeu a prisão seria coisa certa. O processo deveria então ser por tentativa de contaminação radioativa. Ainda temos em lembrança viva as chuvas desse elemento sobre o povo iraquiano. É como dito algures: terrorista é uma pessoa que possua uma bomba, mas não uma força aérea para detoná-la.]

Nas pegadas de Napoleão Bonaparte assim como nas pegadas da Inglaterra Imperial, da Itália de Mussolini e da Alemanha de Hitler vêm agora às nações ocidentais, que por uma ironia do destino são chamadas civilizadas. Elas estão agora comprometidas na mais intensa guerra dos tempos modernos contra um país do continente africano.

Nos finais de maio um representante do governo da Líbia anunciou que os ataques da OTAN tinham matado 718 civis e injuriado 4.067 entre 19 de março e 26 de maio. Nesse meio tempo a aliança tinha intensificado o bombardeamento da capital e outras partes do país a um nível sem precedentes. Foram introduzidos helicópteros de combate ingleses e franceses, assim como drones Predatórios carregados com o míssil americano tipo Fogo Infernal.

O Secretário Geral da OTAN, Anders Rasmussen, declarou no dia 1 de junho que a aliança tinha autorizado a continuação da guerra por mais três meses. Isso quer dizer até aos finais de setembro. Todos os 28 países membros associados da OTAN confirmaram apoio explícito.

Há pouco tempo começaram também a usar os helicópteros “Apache” da Inglaterra e os helicópteros de ataque “Gazela” e “Tigre,” da França. Os mísseis usados em um deles foi denominado pelo jornal Daily Mirror como “O Picador”. O que motivou o nome para esse míssel macabro foi o fato dele conter 80 flechas de aço, cada uma com 12,7cm de comprimento. Essas flechas são dispersadas, a alta velocidade, quando da explosão do míssel.

O mastodonte “USS George H.W. Bush,” um supercarrier nuclear, é um imenso portador de aviões de ataque. Ele veio juntar-se aos helicópteros para efetuar outros tipos de ataques. A caminho de sua missão o mastodonte foi acompanhado por ainda outros grupos de ataque. Todos tendo sido dirigidos para o Mar Mediterrâneo.

O tipo de ataque agora em formação pressagia o final do jogo para o país norte africano, com pouco mais de seis milhões de habitantes. [Poucos habitantes, mas rico em petróleo. O que se poderá esperar depois disso é a divisão dos trunfos de guerra entre os famigerados assaltantes.]

O “USS George H. W. Bush” -agora em seu primeiro emprego oficial e na época então em exercício com os chamados “Royal Navy´s HMS Dauntless e HMS Gloucester- foi recentemente referido pelo Daily Mirror como o navio de guerra mais poderoso do mundo. O jornal especificou que o supercarrier de 97.000 toneladas carrega 70 aviões de ataque, vindos de oito esquadrões, e comporta ainda uma tripulação de 5.300 pessoas, entre marinheiros e pessoal de manutenção.

O carrier foi ancorado nas águas das costas da cidade espanhola de Cartagena, no Mar Mediterrâneo, em 6 de junho. A Marinha dos Estados Unidos declarou então que era a primeira vez que a mais nova aquisição de navios de guerra da classe Nimitz visitava o continente europeu.

O grupo de ataque acompanhando o Carrier George H.W. Bush está agora nas águas do quartel-general de Comando da 6ª. Frota dos Estados Unidos (U.S. Naval Forces Europa and África/U.S) em Neapel, Itália, a curta distância para ataques na Líbia.

Depois de 85 dias de constantes bombardeios, o mais longo bombardeamento diário desde a guerra do Vietnam, plumas e mais plumas de fumaça levantam-se pelos céus de Trípoli todas as noites, assim também como durante todos os dias. Constata-se que a marcha do ocidente para destruir a infraestrutura civil e militar desse país africano só está começando.

Assim também como só está começando a guerra contra a própria população, guerra essa que uma vez foi perpetrada pelos interesses coloniais italianos.

Imediatamente após exceder todos e quaisquer limites justificáveis para a interpretação do mandato da ONU, que em si mesmo deveria ser qualificado como ilegal, mesmo que abaixo do pretexto esfarrapado de proteger populações, a OTAN está deliberadamente, e sem perdão, executando uma campanha para devastar a capacidade de governo e administração da Líbia.

É um ato de brutalidade selvagem. Isso está sendo feito para convencer a população de que qualquer alternativa, mesmo a fragmentação do país e uma ocupação do mesmo por tropas estrangeiras e de dominação é uma alternativa melhor do que continuar resistindo esse terror a nunca mais acabar.

Para os agressores ocidentais o custo da liberdade e da independência, o que eles vêem como oposição obstinada, são morte e destruição.

Tradução e Comentários: Anna Malan*

O original “NATOs “Afrika Korps” Escalates War of Attrition Against Libya” de Rick Rozoff encontra-se em www.globalresearch.ca e pode também ser encontrado em http://rickrozoff.wordpress.com

[Para que os acontecimentos atuais possam ser colocados em uma perspectiva histórica aqui segue uma lista das agressões, guerras e bombardeamentos feitos pelos norte-americanos desde o final da 2ª. guerra mundial][1]

1950-1953: Coréia e China – (A guerra da Coréia)

1954: Guatemala

1958: Indonésia

1959-1961: Cuba

1960: Guatemala

1964: Congo

1964-1973: Laos

1961-1973: Vietnam

1969-70: Cambodja

1967-69: Guatemala

1983: Granada

1983, 1984 (alvos Sírios e Libanêses)

1986: Líbia

1980: El Salvador (o decênio de 1980)

1980: Nicaragua (o decênio de 1980)

1987: Irã

1989: Panamá

1991: Iraque (a guerra do Gôlfo Pérsico)

1991: Kuwait

1993: Somália

1994,1995: Bósnia

1998: Sudão

1998: Afeganistão

1999: Iugoslávia

2002: Yemen

1991-2003: Iraque (em períodos e em bases regulares)

2003- até hoje em períodos e ondas: Iraque

2003- até hoje: Afeganistão

2007-até hoje: Paquistão

2007-2008: Somália

2009: Yemen

2011: Líbia

[1] A lista dos países bombardeados foi apresentada por William Blum e pode ser encontrada no original “God Bless America. And its Bombs” – “Deus Proteja a América. E suas Bombas” em www.globalresearch.ca

Tradução:

Anna Malm, correspondente do Pátria Latina em Estocolmo, Suécia.

Um comentário:

Val Minillo disse...

Os senhores da guerra são os anjos decadentes. São instrumentos a serviço do mal. Estão em canal direto com o inferno.

A “Polícia do Mundo” se destaca na hierarquia entre os anjos decadentes.

“...Há tantos mundos diferentes
Tantos sóis diferentes
e nós temos apenas um
mas vivemos em mundos distintos...

...todo homem tem de morrer
mas está escrito nas estrelas
e em todas as linhas de sua mão
somos tolos de guerrear...”
(Brothers in Arms – Mark Knofler)

A Paz, é o delicioso perfume do coração.
Não é coisa para se projetar
Para polícias internacionais, ONU e OEA.
É autêntica do coração!
Não é um lugar onde se possa chegar,
Não pode ser vendida, nem se pode comprar...
...Paz, a beleza da bondade que absorve tudo,
Algo assim imenso, extenso e infinito,
A paz emana das entranhas do próprio Absoluto – Deus!

Toda solidariedade ao povo líbio.

Val Minillo

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