Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Frente parlamentar quer que presidente da Câmara reveja despachos de Feliciano sobre projetos em tramitação na comissão.
Frente parlamentar vai conversar
com outros partidos para que também se retirem da comissão.
Integrantes da Frente Parlamentar
em Defesa dos Direitos Humanos que ainda participavam da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias (CDHM) decidiram se retirar do colegiado. Os deputados Jean
Wyllys e Chico Alencar, ambos do Psol-RJ, e Luiza Erundina (PSB-SP), que era
suplente na comissão, já haviam tomado a decisão. Nesta quarta-feira (17), foi
a vez dos deputados do PT Erika Kokay (DF), Padre Ton (RO), Nilmário Miranda
(MG), Luiz Couto (PB), Janete Rocha Pietá (SP) e Domingos Dutra (MA) seguirem o
mesmo caminho. A decisão se deve à permanência do deputado Pastor Marco
Feliciano (PSC-SP) na presidência da CDHM.
A ideia da frente é que o PT não
indique outros parlamentares para o lugar dos que estão saindo. O Psol decidiu
que não indicará substitutos. O grupo também vai conversar com outros partidos
que compõem a comissão para que se retirem do colegiado.
“Estamos reafirmando nossa
decisão e nossa luta para que possamos devolver a Comissão de Direitos Humanos
ao povo brasileiro”, disse Kokay. “Queremos instar as lideranças partidárias
para que se sintam responsáveis pelo que está acontecendo na comissão”,
complementou.
No início do mês, em reunião com
os líderes partidários da Câmara, Marco Feliciano afirmou que não deixará a
presidência do colegiado.
Relatoria questionada
A frente também vai pedir ao presidente da
Câmara, Henrique Eduardo Alves, que reveja o despacho de projetos em tramitação
no colegiado. Jean Wyllys cita como “desrespeito” a oferta feita por Feliciano
da relatoria da proposta (PL 4211/12) que trata da regulamentação da
prostituição e do enfrentamento da exploração sexual de mulheres e crianças
para o deputado Pastor Eurico (PSB-PE).
Paralelamente às ações contra a
permanência de Feliciano na presidência da comissão, a frente manterá, segundo
seus participantes, uma agenda de interlocução com os movimentos sociais em
defesa dos direitos humanos. Entre as iniciativas previstas, está a realização
do 10º Seminário LGBT no Congresso Nacional, que discutirá a liberdade de
crença religiosa.
Reportagem – Ana Raquel Macedo
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: sites
Desacato.info e Agência Câmara
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