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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Estudo conclui que as pessoas ateias enfrentam a pior discriminação no mundo.


Cuba Debate - [Tradução do Diário Liberdade] Desde os países cristãos aos islâmicos, os ateus enfrentam-se à discriminação e a perseguição, incluindo penas de morte e de prisão perpétua e privação da cidadania, a educação e o atendimento médico, revela um relatório.

O estudo titulado "Liberdade de Pensamento 2012: Um Relatório global sobre a discriminação contra os humanistas, os ateus e os não religiosos" foi publicado pela União Internacional Humanista e Ética.

O relatório comenta leis que violam a liberdade de consciência em 60 países e enumera vários casos individuais em que os ateus sofreram perseguição por suas convicções. Segundo a análise, os ateus enfrentam a pior discriminação em países como o Afeganistão, Irã e Paquistão. Além disso, a publicação de pontos de vista ateus ou humanistas está rigorosamente proibida em países como Bangladesh, Egito e Indonésia.


Na maioria destes países, os cidadãos estão obrigados a se registrar como partidários de uma religião oficialmente reconhecida: normalmente o cristianismo, o judaísmo ou o islã. Sem este registro, os cidadãos não têm direito a receber serviços médicos, conduzir, assistir à universidade ou viajar ao estrangeiro, o que obriga os não crentes a mentir.

Mas não só os países orientais carecem de liberdade de consciência. O "ilustrado" Ocidente também não é tolerante com este grupo de população, segundo o estudo. Nos Estados Unidos, por exemplo, "os ateus e gente não religiosa são tidos por menos estadunidense que o resto da população". Em ao menos 7 estados dos EUA, os ateus não podem ser servidores públicos , enquanto no Arkansas não podem exercer de testemunhas em processos judiciais.

Na Suíça, um mestre de escola foi despedido de seu trabalho em 2010 após fazer pública sua preocupação com a promoção por parte do Estado da religião católica nas escolas. "Foi informado de que era despedido por ter retirado o crucifixo das salas de aula da escola pública em que trabalhava", assegura o relatório, mencionando este caso entre outros muitos.

Heiner Bielefeldt, o Representante Especial da ONU para a Liberdade de Religião ou Crença, pronunciou-se a favor da publicação do relatório e expressou sua preocupação com a falta de atenção que os grupos de direitos humanos internacionais mostram em relação à violação dos direitos dos não crentes.

Fonte: site diárioliberdade

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