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terça-feira, 12 de junho de 2012

Professores e governo iniciam negociação



Servidores e professores federais em greve realizam

passeata em Brasília no dia 5 - Foto: Antônio Cruz / AB
A expectativa é que o governo apresente uma proposta de re-estruturação para a carreira docente nas universidades federais

 
Após 26 dias de greve, professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) devem se reunir no final da tarde desta terça-feira (12) com representantes do governo federal para início das negociações. A reunião foi convocada pelo Ministério do Planejamento e participarão representantes da diretoria e do Comando Nacional de Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e de outras entidades do setor da educação.

Para a presidente da ANDES-SN, Marina Barbosa, a expectativa é que o governo apresente uma proposta de re-estruturação para a carreira docente, dando início efetivo às negociações com os docentes federais. “Nós queremos negociar, mas para que isso ocorra efetivamente, o governo federal tem que apresentar propostas concretas sobre as quais possamos discutir e buscar uma solução positiva ao impasse estabelecido o mais rapidamente possível”, comenta.

Para os docentes em greve, o acordo emergencial firmado com o governo em 2011 não foi cumprido e não aconteceram os avanços previstos para a conclusão dos trabalhos referentes à re-estruturação do plano de carreira no prazo estabelecido (31/3).
Atualmente, 51 instituições federais estão com as atividades suspensas. A previsão é de que o número cresça nesta semana, já que mais instituições estão com indicativo de paralisação.

“Queremos a re-estruturação da carreira. Em substituição à atual, com muitos níveis, defendemos uma estrutura mais simples, que valorize o trabalho docente e permita oferecermos ensino de qualidade. Para isso precisamos também de condições de trabalho, de salas de aula, laboratórios, bibliotecas”, afirmou Marina.


Técnicos e servidores paralisados


Enquanto professores pararam suas atividades para pedir revisão do atual plano de carreira, técnicos administrativos das universidades federais estão de braços cruzados desde segunda-feira (11) para reivindicar um piso para a categoria de três salários mínimos. A paralisação nacional foi decretada pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), entidade nacional que representa a categoria.

Para esta quarta-feira (13) está anunciada a paralisação dos servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União. De acordo com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que reúne sindicatos de todo o país, uma greve geral irá acontecer no dia 18 de junho. A pauta é em defesa dos servidores e serviços públicos, além de buscar um avanço nas negociações com o governo federal, que até o momento não apresentam resultados.



Mobilização

Nesta terça-feira, durante a realização da reunião, o Comando Nacional de Greve doANDES-SN deve organizar uma manifestação em frente ao prédio do Ministério do Planejamento. O ato  ocorrerá em conjunto com o Comando Local de Greve (CLG) da Universidade de Brasília (UnB).

Em todo o país, os CLG realizam atividades sob o tema “Educação de Qualidade: Namore essa ideia”, numa alusão ao dia dos namorados. Aulas públicas, debates, ato-shows, passeatas, abraços simbólicos às reitorias também ocorrem durante toda a semana nas diversas Ifes do Brasil.

Fonte:   site Brasil de Fato

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