Nações Unidas- Prensa Latina- O Grupo dos 77 mais China fez
circular hoje na ONU, entre os seus 133 países membros, uma denúncia realizada
por Cuba sobre a captura de quatro pessoas residentes em Miami, Estados Unidos,
que planejavam ações terroristas contra a ilha.
O documento enviado pela nação caribenha informa sobre a
detenção, em 26 de abril, de José Ortega, Obdulio Rodríguez, Raibel Pacheco e
Félix Monzón, todos de origem cubana, os quais foram reconhecidos por pretender
atacar instalações militares com o objetivo de promover ações violentas.
Além disso, declararam que os planos estão sendo organizados
pelos também terroristas residentes em Miami Santiago Álvarez, Osvaldo Mitat e
Manuel Alzugaray, estreitamente vinculados com o foragido da Justiça Luis
Posada Carriles, responsável pela explosão em outubro de 1976 de um avião da
Cubana, com 73 seres humanos a bordo.
A Maior das Antilhas entregou o texto ao G-77 - bloco de
nações do Sul fundado em 1964 -, ao Movimento de Países Não alinhados, à
Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e ao secretário geral da
ONU, Ban Ki-moon.
Desde o triunfo da Revolução Cubana, em janeiro de 1959,
grupos extremistas radicados no Sul da Flórida têm preparado, financiado e
executado dezenas de atos violentos, os quais têm deixado à ilha quase 3.500
mil mortos e mais de dois mil deficientes. Há poucos dias, a Missão Permanente
de Havana ante às Nações Unidas tinha solicitado a circulação de uma condenação
da Chancelaria pela inclusão de Cuba na unilateral lista de patrocinadores do
terrorismo, publicada pelo governo dos Estados Unidos em 30 de abril.
O país caribenho qualificou de absurdas e caluniosas as
acusações do Departamento de Estado, direcionadas a justificar o bloqueio
econômico, comercial e financeiro à ilha, uma medida repudiada no planeta.
Além disso, advertiu sobre a contraproducente manipulação de
um tema tão sensível como o terrorismo internacional, e recordou que Washington
carece de moral para julgar os outros, porque pratica o terrorismo de Estado e
protege criminosos como Posada Carriles.
As denúncias cubanas coincidem com o início na ONU de um
processo de revisão da Estratégia Global da Organização contra o flagelo.
Diversos governos reivindicam que a questão do terrorismo
seja encarada sem duplos critérios nem manipulações políticas e a partir do
multilateralismo, no lugar de posturas hegemônicas.
ale/wmr/bj
Modificado el ( miércoles, 14 de mayo de 2014 )
fonte: Prensa Latina
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