
Domingos Dutra havia abandonado a
reunião por se recusar a participar do acordo que previa a eleição do deputado
Pastor Marco Feliciano(PSC-SP) como novo presidente, em reunião fechada, sem o
acesso dos manifestantes.
Para a deputada Erika Kokay
(PT-DF) o que está acontecendo hoje na Câmara é uma história trágica. “Está
sendo alçada à presidência dessa comissão uma pessoa que não teria o direito de
pleitear esse cargo, porque é uma pessoa que se caracteriza por posturas
racistas, homofóbicas e que ferem, a cada palavra, a laicidade do Estado e a
democracia”, disse Kokay, que estava acompanhada dos deputados Jean Wyllys
(Psol-RJ), Luiza Erundina (PSB-SP), Janete Pietá (PT-SP) e Chico Alencar
(Psol-RJ). “Nós não podíamos estar sendo cúmplices desse atentado à comissão”,
completou Kokay. A deputada ainda criticou o presidente da Câmara, Henrique
Alves, por não ter resolvido “essa crise” ontem.
O deputado Chico Alencar
(PSol-RJ) afirmou que a Câmara dos Deputados não pode assistir tranquilamente
ao sepultamento da Comissão de Direitos Humanos. “Nesse momento está sendo
realizada uma votação secreta para se escolher o que poderíamos chamar de um
vampiro cuidando de um banco de sangue”, ironizou. “Temos que dar o passo seguinte
sobre essa comissão ilícita”, completou Alencar, referindo-se à possibilidade
de, inclusive, haver a criação de uma comissão paralela.
Para a deputada Luíza Erundina
(PSB-SP), a confirmação do deputado Pastor Marco Feliciano não vai acabar com o
ânimo dos que lutam por liberdades democráticas. “Escolhemos como projeto de
vida a luta pelos diretos humanos, sociais e pelos diretos de cidadania, luta
essa que nos custou um preço alto na época da ditadura e da repressão”, disse.
“Se imaginam que isso nos tira o alento, o ânimo, estão enganados porque nós
somos revolucionários”, completou.
O deputado Pastor Marco Feliciano
foi confirmado há pouco, por 11 votos a favor e um em branco, como presidente
da comissão.
Fonte: EBC e DESACATO.info
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