A onda de mortes em São Paulo
somou mais 11 vítimas na madrugada do úlitimo domingo. O estilo das execuções
não deixa dúvidas, estão nas ruas os Esquadrões da Morte. A maioria das vítimas
da cidade São Paulo foi executada sem maiores problemas ou investigações. Os
assassinatos ocorrem com o aval e incentivo do governo de Geraldo Alckmin.
São pessoas que estão em determinado local da
cidade, geralmente em bares, à noite, quando uma dupla ou um grupo passa de
carro ou moto e efetua diversos disparos contra todos que lá estão. Dois fatos
estão comprovados. O primeiro deles é que já foi feita a denúncia de que os
policiais estão executando pessoas depois de consultarem suas fichas, o que
transforma policiais em juízes e a pena de morte em lei.. O segundo fator é que
outra parte das pessoas executadas não possuía qualquer passagem pela polícia,
tão somente estavam num local e foram assassinadas por pessoas desconhecidas.
Esse modus operandi é típico dos famosos
esquadrões da morte, que tiveram seu auge durante a ditadura militar, nos anos
60. Em São Paulo o militar conhecido por ter inaugurado essa prática se chama
Astorige Correa de Paula e Silva, “Correinha”, que foi um policial civil do
estado de São Paulo na década de 1960, quando liderou o chamado “Esquadrão da
Morte paulista”. Este cidadão conseguiu ser preso em plena Ditadura Militar por
“desrespeitar os direitos humanos” durante suas atividades policiais.
Outro responsável por desenvolver
as execuções sumárias cometidas por policiais foi Sérgio Paranhos Fleury. Ele
foi aproveitado pela ditadura militar para, como delegado da Ordem Política e
Social (Dops), torturar e matar os que se colocaram contra ditadura. O delegado
Fleury, por exemplo, foi o responsável pelo fuzilamento e morte, em rua da
capital de São Paulo, de Carlos Marighella. Essa formação policial, existente
em cada batalhão de polícia, segundo depoimentos de ex-militares, serviu
basicamente para perseguir militantes de esquerda durante a ditadura militar e,
com democratização do país, serve para executar “suspeitos” de práticas
delituosas, “limpar” os grandes centros e realizar trabalhos particulares para
empresários e para gente do próprio governo.
Os esquadrões da morte se espalharam pelo
Brasil. Praticamente todos os estados da federação possuem relatos da
existência deste tipo de destacamento da polícia ainda nos dias de hoje. Esses
grupos são uma das formas de agir da polícia, ou seja, são grupos financiados
para fazer o que muitas vezes a polícia não consegue fazer abertamente, como é
o caso das execuções deste ano. Esta realidade está colocada na cidade de São
Paulo nesta nova “onda de mortes”. Tanto é assim que a folha encomendou
pesquisa para saber se as pessoas eram contra a existência de grupos de
extermínio, numa clara demonstração de apoio à ação dos esquadrões da morte.
Não se trata de opinião de leitores. A ação da
polícia em São Paulo está longe de se pautar pela lei. Estão matando quem
estiver em seu caminho e para tanto justificam como combate ao tráfico de
drogas. O que antes era “combate aos comunistas terroristas” hoje é o combate
ao tráfico de drogas. A polícia é a mesma e segue os mesmos parâmetros dos anos
de chumbo. Essa é a realidade que imprensa burguesa não quer denunciar, pelo
contrário, resolvem fazer campanha pela existência e atuação dos grupos de
extermínio. Está claro que a “onda de mortes” em São Paulo é o resultado de um
conflito entre sócios, entre a Polícia Militar e o crime organizado, e que
soltou dos porões os esquadrões da morte num plano para reprimir a população da
periferia. É necessário denunciar a matança que está sendo organizada por
grupos de extermínio sob a cobertura do estado e do governo paulista, que além
do poder que deram as policias para matar, incentivam a ação de “esquadrões da
morte” para colocar toda a população negra, pobre e trabalhadora em estado
sítio.
Fonte: site PCO
Um comentário:
Somos um País sem lei"
bandidagem na cara da gente e salvE-se quem puder ...Desgoverno, senhor. Cada um por si"
... dinheiro só no bolso dos políticos e afins ...Aliados? prá eles não falta dim dim e o povão sem direito a nada na da nada nada
Abraços
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