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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Atendimento caótico e desrespeitoso faz parte do cotidiano dos DPs, afirma secretário!

do site PT alesp-Atuação temática Segurança-
Delegacias de polícia com atendimento caótico e “nem sempre respeitoso” fazem parte do quadro atual da segurança pública no Estado descrito pelo próprio secretário da pasta, Antonio Ferreira Pinto, em reunião da Comissão de Segurança Pública na Assembleia Legislativa, que aconteceu nesta quarta-feira (15/6).

Ferreira Pinto afirmou que os DPs foram se multiplicando ao longo dos anos sem que houvesse efetivo suficiente para trabalhar neles. “Por isso, hoje se contratam guardas particulares para trabalharem nos distritos. Temos até delegacias sendo assaltadas”, admitiu o secretário. Segundo ele, desde 1995 não há abertura de novos cargos na Polícia Civil, que também não recebe aumento salarial há dois anos e meio.

Foram citadas disparidades, como a cidade de Salto, que tem 6 DPs, e certas áreas da zona leste da capital que, com 500 mil habitantes, não possuem nenhum distrito policial.

O secretário também lembrou o quanto esse mau gerenciamento dos DPs onera as prefeituras do Estado, que pagam o aluguel e ainda colocam servidores municipais para trabalharem nas delegacias. O deputado do PT Marco Aurélio, que já foi prefeito de Jacareí, confirmou a informação do secretário, que garantiu estar trabalhando numa reengenharia das delegacias.

Hoje, a espera para se registrar um boletim de ocorrência pode chegar a 4 horas, de acordo com Ferreira Pinto. “Esse é o nosso calcanhar de Aquiles”. O governo já prometeu reduzir esse tempo para 20 minutos.

O líder da Bancada do PT, deputado Enio Tatto, falou sobre a presença de presos e até mesmo a superlotação das carceragens das delegacias, principalmente no interior do Estado e na zona sul da capital. O secretário informou que não tem uma solução imediata.

A corrupção dentro da polícia também tem sido um problema para a segurança pública no Estado. O secretário levou a corregedoria da Polícia Civil para seu gabinete. “Graças às mudanças pudemos apurar irregularidades no Detran e trocamos toda a diretoria do departamento. O Detran é uma máquina de corrupção”. Segundo Ferreira Pinto, nada justificava o Detran na Segurança Pública e a presença de policiais no departamento.

Levar a corregedoria da Polícia Militar para o gabinete do secretário não é possível, de acordo com ele, já que haveria um problema de hierarquia.

PCC

Questionado pelos deputados do PT sobre sua declaração na imprensa de que o PCC se resumia a 30 homens, Ferreira Pinto confirmou a informação, contrariando promotor do Ministério Público que disse que a facção está mais estruturada do que nunca, arrecada R$ 5 milhões por mês com tráfico de drogas, controla 95% dos presídios paulistas, conta com 6.000 integrantes no sistema prisional e tem um exército de 15 mil homens.

“Eles não têm noção do que falam. Fazem apologia do sensacionalismo. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado criado pelo Ministério Público) é só espuma. É fácil falar sem responsabilidade”, criticou.

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