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segunda-feira, 18 de março de 2013

ALDEIA MARACANÃ - Tombamento de prédio é arquivado e governo determina 72h para reintegração de posse


Índios e apoiadores da Aldeia Maracanã estão se mobilizando para impedir que o governador expulse-os e para garantir a manutenção do patrimônio histórico.

PCO- Após a câmara de vereadores do Rio de Janeiro votar contra o tombamento do prédio do Museu do Índio, ocupado hoje pela Aldeia Maracanã, governo determina que o local deva ser esvaziado em 72 horas que termina nesta segunda-feira (28). O prédio histórico será demolido para dar espaço um mini-shopping ao lado do estádio do Maracanã.

Na sessão da quinta-feira (14), a lei nº 1536/2012, que determinava o tombamento do prédio do antigo Museu do Índio, determinou pelo arquivamento da proposta, por 17 votos contra 13. Dos 51 vereadores da casa, 21 deixaram a sessão antes da votação, sem se posicionar. O baixo quórum é consequência da grande pressão popular, com as manifestações ocorridas contra a demolição do prédio.


Ainda na mesma semana, os membros da Aldeia Maracanã não chegaram a um acordo com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos. O governo foi intransigente em relação à sua proposta, de dividir o museu, entre os indígenas e o Museu do Comitê Olímpico Brasil que foi rejeitada pelos membros da aldeia.

Com isto, o governo do estado pretende dar continuidade com seu projeto de privatização do estádio, que conta também com a demolição do estádio de atletismo Célio de Barros e o parque aquático Julio Delamare. Toda a obra ligada à reforma do Maracanã, assim como o seu funcionamento posterior deve ser feito por empresas privadas.

Para lutar contra mais este ataque, os índios e apoiadores fizeram um ato neste sábado (16), em frente ao prédio, para impedir que a polícia faça a reintegração de posse do local e mostrar o apoio da população à ocupação. Uma das propostas defendidas durante a manifestação foi a criação de um plebiscito para consultar a população a respeito da manutenção ou não do local. Os atos ocorridos até agora foram de grande importância para evitar a destruição do patrimônio histórico.

O governo do estado procurou de toda maneira impedir a mobilização, colocando a tropa de choque mais de uma vez em volta do prédio. Além disso, funcionários da reforma do estádio que apoiaram a luta dos indígenas foram demitidos pela concessionária.

O espaço ocupado pela Aldeia Maracanã foi construído em 1862 e no começo do séc. XX passou a ser a sede do Serviço de Proteção ao Índio, que deu origem à Fundação Nacional do Índio. Entre a década de 50 e 70, o local deu espaço ao Museu do Índio, sendo abandonado e ocupado pelos indígenas em 2006.

FONTE: site PCO


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